Central Termoelétrica de Sines encerrou ontem
Após 35 anos em atividade, o encerramento, ontem, da central da EDP em Sines, com 1.256 megawatts (MW) de potência, marca o princípio do fim de uma era no sector energético nacional e mundial, com a despedida do carvão. No horizonte de Sines surge agora a possibilidade de produção de hidrogénio verde, com a EDP a estudar esta possibilidade em conjunto com outras empresas.
O fim da laboração da central significa também o fim de cerca de um décimo das emissões de óxidos de azoto, dióxido de enxofre, partículas e metais pesados em Portugal, assinala a Zero, que reconhece que o encerramento de Sines e da outra central a carvão portuguesa, no Pego, afeta direta e indiretamente cerca de 700 trabalhadores e lamenta que não tenha havido "diálogo, concertação social e criação de soluções alternativas" para essas pessoas.
O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, considerou que "face à conjuntura existente" o fecho da central a carvão de Sines "não foi o mais indicado".
"Foi uma decisão tomada pela EDP, mas temos de nos concentrar naquilo que é o mais importante e encontrar alternativas para os trabalhadores que direta ou indiretamente exerceram funções durante muitos anos nesta central", sublinhou.
A EDP “tem estado sempre disponível para colaborar com o Governo no que respeita a garantir a segurança do abastecimento, e sempre que tal é necessário, estando a realizar investimentos na central do Alqueva para reforço da prestação de serviços de sistema (a nível do controlo de tensão)”.