Na última reunião de Câmara de Beja, foi discutido e votado, à porta fechada, o processo disciplinar instaurado a uma trabalhadora e delegada sindical. O processo, que tanta polémica gerou entre os eleitos do PS e da CDU e também entre aqueles e o STAL, acabou arquivado, com quatro votos a favor. O vereador do Beja Consegue!, Nuno Palma Ferro, destacou, numa declaração de voto, que “não se considera que a trabalhadora” em causa “tenha sido exemplar ao longo do processo” e que “deve retificar comportamentos”. Refere, também, que “o município não cumpriu com todas a exigências na lei na instrução do processo disciplinar”e que, se esta “situação chegasse a tribunal, o município tinha uma alta probabilidade de vir a ser condenado”.

Só tendo conhecimento do processo pelo que foi tornado público, transcrevo aqui a posição do vereador Nuno Palma Ferro, por me parecer ponderada e crítica de exageros que terão existido na utilização de argumentos das partes envolvidas, principalmente pela forma como o processo foi conduzido, que, se “chegasse a tribunal, o município tinha uma alta probabilidade de vir a ser condenado”. Importa, decorrido todo este tempo, avaliar se o processo trouxe algo de positivo e, se não trouxe, passar a ter maior ponderação e moderação na gestão, em especial das pessoas, para que os processos, por mais que pareçam justificar-se, não contribuam para a deterioração das relações e da autoridade.