Bloco de Esquerda denuncia "COMO SÃO TRATADOS OS NOSSOS IDOSOS"
O ENVELHECIMENTO DOS IDOSOS NAS NOSSAS ALDEIAS
Na sua grande maioria, os idosos das nossas aldeias envelhecem, salvo raras exceções, junto dos seus familiares e do seu meio.
Quando isso não acontece fica a dever-se a problemas de saúde, falta de tempo dos familiares ou problemáticas que exigem o tratamento de especialistas e, quando esse problema lhes bate à porta, os familiares entram em desespero e recorrem na maioria das vezes a lares clandestinos sem as mínimas condições, ou entregam o idoso(a) a pessoas da vizinhança sem qualquer formação. De facto, quando a reforma da grande maioria dos idosos não chega aos trezentos euros e, quando o salário dos seus familiares mal dá para pagar as despesas da casa, esta situação torna-se dramática.
Aqui, a freguesia deveria assumir o seu papel de Governo de Proximidade, no que diz respeito à “Proteção da Comunidade”, criando condições de modo a manter o idoso(a) próximo dos seus familiares
O ESTADO DOS LARES
O estado é, assim, responsável por cuidar destas pessoas e não se pode descartar dessa responsabilidade; O estado não pode tratar os idosos com se fossem “ferro velho”, sem hipóteses de reciclar.
Para se ser admitido num lar existe hoje uma enorme lista de espera e os valores a pagar são exorbitantes, levando as famílias a endividarem-se para suportar tais custos.
Os lares, beneficiando dos apoios sociais, têm de prestar contas dos cuidados que prestam, têm de ter pessoal especializado, têm de dispor do mínimo de condições para cuidar dos seus clientes mas, de facto, isso nem sempre acontece e pensam primeiro em ter mais lucros contratando pessoas sem qualquer experiência, pois contratar técnicos especializados iria ficar-lhes mais caro.
O QUE FAZ A SEGURANÇA SOCIAL
A Segurança Social, como entidade fiscalizadora, deveria exercer uma maior fiscalização, seja o lar público ou privado e, convém lembrar que, mesmo que o lar esteja ligado de uma instituição de solidariedade social, ele é de facto privado. A Segurança Social não pode intervir apenas quando existem denúncias, ou acontecem desgraças, essa intervenção tem de ser constante.
A Segurança Social não pode distribuir verbas quando grande parte destas se destinam a pagar salários chorudos a administradores, diretores, provedores e por aí fora, deixando as migalhas para os que deveriam estar em primeiro lugar.
A Segurança Social tem ainda o dever de fazer visitas constantes aos lares e, estas visitas, têm de ser feitas de surpresa e não anunciadas dias antes para dar tempo a serem escondidas as irregularidades.