O INE frisa que “as elevadas precipitações ocorridas de outubro a dezembro encharcaram os solos e impediram a entrada das máquinas nos terrenos, condicionando assim a realização das sementeiras dos cereais praganosos, o que contribuiu para decréscimos das áreas instaladas na ordem dos 15% no trigo mole, 20% no trigo duro, 10% no triticale e 5% na cevada”. A área instalada é de 100 mil hectares, a menor de sempre. O acordo para exportação de cereais da Ucrânia conduziu a uma redução das cotações internacionais, o que, em conjugação com o aumento dos preços dos meios de produção, terá desincentivado os produtores nacionais a aumentar a área destas culturas.

Lembram-se de, quando surgiram as dificuldades de exportações de cereais da Ucrânia, os responsáveis políticos terem vindo a terreiro, muito lampeiros como é habitual, afirmar que era necessário aumentar a produção de cereais para aumentar as reservas nacionais e atenuar os efeitos de crises como esta? É natural que muitos dos que ouviram tais afirmações delas já não se recordem. O mesmo não devia acontecer com quem as proferiu...