António Costa ofereceu à Direita a maioria absoluta, conquistada à Esquerda
António Costa, fazendo tudo ao contrário, do que garantiu na noite eleitoral em que conquistou a maioria absoluta, desbaratou esta em dois anos, através do uso e abuso do poder, ultrapassando a Direita pela direita, impondo a ditadura das contas certas à custa dos sacrifícios da maioria dos portugueses, facilitando a concentração da riqueza e o consequente agravamento das desigualdades e da pobreza, deixando o governo envolver-se numa sucessão de casos e casinhos e de suspeitas de corrupção e outros crimes associados.
É verdade que teve de enfrentar uma inflacção e uma subida das taxas de juro elevadas, mas não foi capaz, ou não quis, de reduzir de forma mais significativa o seu impacto na vida das pessoas, designadamente das mais desfavorecidas e dos jovens, e evitar a degradação da capacidade de respostas dos principais serviços públicos – saúde, educação, forças de segurança…
E, assim, António Costa, depois de ter desprezado os parceiros da Esquerda, que lhe permitiram ser primeiro-ministro, ofereceu de bandeja a maioria absoluta à Direita, deixando o PS e toda a Esquerda em pior situação do que em 2015, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro sem ter ganho as eleições, com o apoio do BE e do PCP.