Alentejo sem Alqueva seria um deserto, mas com Alqueva continuou a perder população
Nas celebrações do 30.º aniversário da constituição da EDIA, foi apresentado o Estudo de Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, que analisa o impacto económico da actividade deste projecto dimensionado para fins múltiplos, realçando o impacto na receita fiscal para o orçamento de Estado, que ascende a 339 milhões de euros anuais, e que revela a “eficiência da aplicação de financiamentos públicos”, e que, “À data de hoje, o EFMA já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos”.
Apesar do ministro da Agricultura, José Manuel Fernande, ter defendido que “Alqueva é um caso de sucesso, não é um elefante branco como aconteceu com outros investimentos públicos. Sem Alqueva, o Alentejo corria o risco de se transformar num deserto”, o estudo apresentado contraria a afirmação, concluindo que o despovoamento do Alentejo prossegue apesar do impacto económico que o grande projecto de regadio está a provocar em 23 concelhos da região Alentejo.