Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.
Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.
Cada um de nós pode ter a opinião que entender. Cada um de nós pode achar o que quiser acerca do que os votantes quiseram dizer quando votaram. E também acerca do que quiseram dizer os que não votaram ou votaram em branco ou nulo, quase tantos quantos os que votaram. Mas nenhum de nós pode alterar os resultados eleitorais. Cada um de nós pode achar o que muito bem entender acerca das maiorias que se devem formar e do governo que delas deve resultar. Mas agora, o tempo já não é dos eleitores, mas dos deputados que foram eleitos. São eles que, na Assembleia da República, têm de formar as maiorias necessárias para apoiar o governo. E de acordo com a composição da Assembleia da República as maiorias que se podem formar têm de incluir o PS. Ou com o PSD e o CDS, a maior, ou com o BE e o PCP+PEV. Ora o PS já mostrou que não quer a primeira. Resta a segunda. Estes são os factos. Todos podemos ter e expressar as nossas opiniões, voluntariamente ou sendo pagos para isso. Todos podemos dizer o que achamos que devia ou deve ser feito. Mas não podemos fugir aquela realidade, enquanto a posição do PS for a que tem divulgado António Costa.
Eleito presidente da Assembleia da República ao arrepio de uma tradição de equilíbrio e compromisso democrático, Eduardo Ferro Rodrigues fez questão de demonstrar no seu discurso inaugural, alinhado e tendencioso, o que é que pauta, hoje em dia, a actuação de qualquer socialista: a avidez e a grosseria. O PS de Costa é, nisso como no resto, um digno herdeiro de Sócrates.
Resta, do lado positivo, o facto de que ser um homem sem noção da dignidade dos altos cargos da democracia, um homem com aquele porte e aquela inteligência, a corporizar hoje a segunda figura do Estado é absoluta e rigorosamente representativo do PS e dos tempos que vivemos.
Não, sou apenas um Não Votante de Esquerda, isto porque já há muito tempo que não acredito na bondade do ser humano, enquanto tal. E que nunca os dividirá entre os bons todos de um lado e os maus do outro. Limito-me a viver um dia de cada vez, reconhecendo o mérito e a dignidade a quem a tem e vice-versa. Neste caso, logo no seu primeiro discurso, Ferro Rodrigues demonstrou de forma cabal que não possui competência e dignidade para ser a segunda personalidade na hierarquia deste país. E não me chame de Cavaco, Passos ou de Portas, por favor
Gostava que me mostrasse em que parte do discurso de Ferro Rodrigues se apoia para justificar a sua posição. Espero que não seja um "inconseguimento", como diria a "competente" ex-presidente da AR.