Afinal o que queria Luís Montenegro?
O governo apresentou uma moção de confiança, depois do PS ter anunciado que ia apresentar uma Comissão Parlamentar de Inquérito a eventuais conflitos de interesses do primeiro-ministro, que justificou assim: «O Governo conquistou a estabilidade política, promoveu a estabilidade social e consolidou a estabilidade económica e financeira que permitiram a Portugal iniciar um rumo virtuoso focado na resolução dos problemas das pessoas e na transformação do País. …
Tendo sido levantadas dúvidas sobre a vida profissional e patrimonial do Primeiro-Ministro, este prestou os devidos esclarecimentos e reiterou as medidas adequadas para prevenir qualquer potencial conflitos de interesse. …
As respostas de parte relevante dos partidos, designadamente do Partido Socialista, enquanto maior partido da oposição, não permitem a clarificação política que o País precisa. Pelo contrário, essas respostas e as sucessivas declarações dos principais dirigentes do Partido Socialista parecem refletir uma férrea vontade de aprofundar um clima artificial de desgaste e de suspeição ininterrupta sobre o Governo. ...» E não satisfeito com esta argumentação, tentou ainda negociar as condições da CPI com o PS, para, em troca, retirar a Moção de Confiança. Onde já se viu o visado por uma CPI querer definir as condições a que ela deve obedecer?!… Como podiam os partidos da oposição, designadamente o PS, mesmo que quisessem, aprovar uma moção de confiança com aquelas justificações?!…