"A superespecialização da medicina torna a prática médica demasiado defensiva, retirando capacidade de intervenção aos médicos de primeira linha."
Guido Pires considera que é necessário «redesenhar o perfil de intervenção do Médico nos Cuidados Primários de Saúde e a sua própria formação científica post-escolar de modo a aproximá-lo do "modus operandi" dos Médicos de Medicina Interna. O SNS não precisa apenas de meios auxiliares de diagnóstico de primeira linha ou seja nos Centros de Saúde, mas da capacidade diagnóstica eminentemente clínica de primeira linha e da elaboração de protocolos de intervenção em determinadas patologias, …
Aquilo que acabei de dizer já se passa na prática em muitas intervenções médicas, mas o profissional médico corre riscos apenas cobertos pela sua responsabilidade profissional pois se tudo fosse ESPECIALIZADO nas múltiplas intervenções no doente, morreria muita gente...
Às vezes é necessário fazer recuos naquilo que parece um avanço mas que se torna incomportável aplicar na prática clínica diária.
Uma pergunta final. Como ficará um médico não especialista se for capaz de intervir num doente e se omitir de o fazer apenas por não estar habilitado por uma especialidade médica? »
Leia aqui todo o texto de Guido Pires, que me parece, conter matéria suficientemente pertinente e oportuna para justificar um debate sério sobre o assunto.