“A política não se deve centrar em excesso nas questões da economia”
Há momentos em que questionamos se os apetrechos que adquirimos com nossos pais como preparação para a vida ainda têm utilidade. Nos últimos cinquenta anos, a rapidez das transformações sócio-económicas cavou um fosso entre gerações, quer no que respeita aos significantes comunicacionais, quer no que respeita a valores de vida. Tal dissonância sociológica também é matéria política. Não está garantido que uma economia mais próspera aumente os indicadores de felicidade das pessoas. É necessária sim, para o bem-estar social, mas não é suficiente para boas dinâmicas familiares. Por isso a política não se deve centrar em excesso nas questões da economia. Tem de incluir de forma pró-ativa a vertente cultural, civilizacional. Continuamos a necessitar de nos nortearmos pelas consignas da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. Sem esses objetivos, o mundo não melhorará.