«Não há palavras nem expressões inocentes. Quando um agente de informação classifica o actual conflito na Faixa de Gaza como uma guerra Israel-Hamas, está a manipular e a envenenar tida a análise. O conflito é entre o Estado de Israel, que pretende a soberania exclusiva sobre os territórios da Palestina, e os palestinianos desde sempre ali residentes. 40% dos mortos causados por Israel são crianças. Terrorismo é outra palavra-chave. Apenas os "outros" praticam terrorismo. Os "nossos" pilotos largam bombas sobre civis, mas não são terroristas. Os "outros" assassinam, os "nossos" eliminam inimigos em operações especiais. Os "outros" são extremistas e radicais, os "nossos" são moderados e razoáveis. Temos direitos e deveres , os "outros" são fora da lei.» Trecho de um texto, com o título acima referido, de Carlos de Matos Gomes, Coronel na reserva e historiador, na VISÃO da semana passada.