A “generosidade” dos patrões
As confederações patronais já perceberam que é preciso e urgente que os salários sejam revalorizados, sob pena de não conseguirem assegurar a mão-de-obra qualificada necessária à competitividade das suas empresas. Mas ainda não querem encarar a valorização dos salários como um investimento, preferindo continuar a entendê-la como uma despesa e as pessoas que para si trabalham e produzem riqueza como descartáveis.
É assim, que embora já tenham percebido a necessidade da valorização dos salários, pretendem que tal aconteça, mais uma vez, à custa dos trabalhadores, no presente e no futuro. Só assim se compreende as suas recentes propostas de um 15º mês ou de redução das taxas pagas à Segurança Social, com que são pagas as baixas médicas e as pensões de reforma, entre outros apoios aos trabalhadores e até às empresas, tal como aconteceu durante a Pandemia, e a redução de outros impostos, que financiam serviços públicos como a Saúde, a Educação, a Justiça e outros.
Felizmente que nem todos os patrões têm esta visão e cada vez mais empregadores tratam os trabalhadores como pessoas e não como factores de produção.