A CVP gastou 1,5 milhões de euros em edifício alugado e abandonado e, para além das rendas, terá de concluir as obras antes de o devolver
Mais de um milhão e meio de euros gastos e dez anos depois da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) ter assinado um contrato com as Infraestruturas de Portugal (IP) para o arrendamento e reabilitação do edifício da “Antiga Cantina da REFER”, em Beja, as instalações continuam inacabadas e ao abandono. O edifício não tem qualquer tipo de vigilância e não está vedado ou isolado da via pública, tendo o espaço já sido alvo de furtos e vandalismo e é habitualmente paradeiro de sem-abrigos, de passeantes sem dormida e também de toxicodependentes, sem que a instituição se preocupe.
Mas a CVP está atada de mãos e pés e condenada a concluir as obras ou pode vir a ser alvo de uma ação judicial e ter que indemnizar a IP, já que o contrato prevê que a devolução do edifício deve ser como uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), pronta a ser utilizado por terceiros. Leia aqui toda esta triste história.