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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“O papel do comentador político: entre a análise e a propaganda”

Zé LG, 08.04.25

487667737_122154119642563960_2572246743281797224_n.jpg«A política vive, cada vez mais, sob o olhar atento e constante da comunicação social. O debate político, que deveria ser o espaço de confronto de ideias, tende a ser obscurecido não apenas pelos próprios protagonistas, mas também por quem, fora do palco, deveria contribuir para uma leitura informada e plural dos acontecimentos: os comentadores. … A diversidade de opiniões é parte essencial da democracia. Contudo, essa liberdade traz consigo uma responsabilidade: a de não distorcer factos, nem fazer da análise um palco para preconceitos ou ataques gratuitos. ... Os comentadores políticos não são meros espetadores: são mediadores da interpretação pública. ... devem pautar-se por rigor, correção e, acima de tudo, honestidade intelectual. O contrário disso - o comentário inflamado, superficial, ou ideologicamente cego - degrada a qualidade do debate democrático e transforma os media em trincheiras ideológicas. É legítimo que cada um tenha as suas convicções. A isenção absoluta talvez seja um ideal inalcançável. Mas o compromisso com a verdade, esse, é inegociável.
No caso em apreço, não está em causa apenas uma má análise. Está em causa uma cultura mediática que confunde opinião com espetáculo, crítica com caricatura, e que transforma figuras públicas em instrumentos de agenda política, em vez de promotores do diálogo democrático. ...» Alberto Carvalho, aqui.

"Então ainda mais parvos pensam que somos"

Zé LG, 08.04.25

489075754_9464783400242015_6537094559135905937_n (1).jpgFace às acusações de o Governo ter utilizado o Conselho de Ministros no Mercado do Bolhão para fazer campanha, José Pacheco Pereira questiona Pedro Duarte sobre a sala onde decorreu a reunião. "No próprio Mercado do Bolhão? Então ainda mais parvos pensam que somos", reage o comentador à resposta do ministro dos Assuntos Parlamentares. Daqui.

“serviço público não foi cumprido” na entrevista de JRS a Paulo Raimundo

Zé LG, 03.04.25

488244480_10162573930943684_185931652182916432_n.jpg«Cerca de 1900 pessoas enviaram-me protestos contra a entrevista feita por José Rodrigues dos Santos a Paulo Raimundo. Bastaria uma queixa para eu lhe dar atenção, mas neste caso foi atingido um número inusitado. ... Depois de analisar todas as entrevistas desta fase pré-eleitoral, considero que a de Paulo Raimundo foi objetivamente mal sucedida e não permitiu esclarecimentos sobre as posições do PCP. Foi claramente diferente de todas as outras. O jornalista é suficientemente experiente para ter entendido como bordão o “não” que repetidamente Paulo Raimundo usou antes das respostas. Todos teríamos ficado a ganhar se tivesse partido para abordar outros temas em vez de transformar a entrevista num debate sobre uma única questão. ... Mas posso e devo assinalar situações em que considero que o serviço público não foi cumprido. Neste caso, é essa a minha opinião. … » Ana Sousa Dias, Provedora do Telespectador da RTP, aqui.

O efeito ricochete em política

Zé LG, 02.04.25

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgEm política, como aliás noutras áreas da vida em sociedade, há muito a tendência para o confronto entre nós e eles. Esta tendência tem vindo a acentuar-se com a avaliação que fazemos dos outros e dos acontecimentos, cada vez mais, baseada em perceções, o que a par das redes sociais, cada vez mais presentes nas nossas vidas e que tudo escrutinam, quase sempre, com base nas tais percepções, a um ritmo e com uma volatilidade estonteantes, põem tudo e todos em causa.
Foi nesta onda, que os actuais líderes do PSD, designadamente Luís Montenegro e Hugo Soares, fizeram a vida negra a Rui Rio, o anterior líder do partido, por não ser suficientemente crítico do governo do PS e de estar disponível para assumir alguns compromissos e apoios a algumas políticas do governo de António Costa. E se assim agiram face à liderança do seu próprio partido mais o fizeram ainda com António Costa e Pedro Nuno Santos.

 

“hoje, as democracias derrubam-se por voto manipulado e planeado por golpistas nas redes sociais"

Zé LG, 30.03.25

487440733_10237432238371144_1718603778145349856_n.jpg«Não consegui manter a minha promessa pela simples razão de que tudo o que está a acontecer na América ultrapassou em pior a minha imaginação, e como eu vivo neste tempo e neste mundo em que está um bandido à solta na Casa Branca e um grupo de marginais a acolitá-lo, não é possível, como cantava o Adriano Correia de Oliveira, viver serenamente. Não é possível, por mais que se queira — até como forma de resistência —, abstrair das malfeitorias diárias do Presidente dos Estados Unidos. … Como é que chegámos aqui? Como é que a “land of the free”, uma nação de referência do mundo democrático, num instante se está a transformar num fascismo unipessoal? Como é que chegámos aqui? Chegámos pelo voto popular, pela escolha da maioria dos americanos. Porque hoje já não é necessário derrubar as democracias por golpe militar: derrubam-se nas urnas por voto popular manipulado e planeado por golpistas silenciosos nas redes sociais.» Miguel Sousa Tavares, Expresso, 27/03/2025, daqui.