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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Liberdade e Democracia não podem contribuir para radicalismos

Zé LG, 18.12.24

202410201913131549.jpeg«As palavras “Liberdade” e “Democracia” são, talvez, das mais referidas no universo vocabular dos nossos tempos. Embora tenham na sua base conceitos fundamentais para as nossas vidas colectiva e individual, como se sabe, o recurso generalizado ao uso de tais termos tem vindo a resvalar, em alguns contextos – por desconhecimento ou, até, por perversão - numa variedade equívoca de significados, os quais, em situação limite, podem configurar a completa anulação dos seus significados fundamentais básicos ou a sua inadequada aplicação em situações concrectas. ...
Não será difícil constatar tal “desordem” na utilização dessas palavras/vocábulos, mesmo em círculos onde, supostamente, poderia ou deveria haver mais clareza no seu uso, como podem ser os casos da “rotulagem” de forças políticas até à “classificação” de comportamentos pessoais ou sociais. …
Os vocábulos “Liberdade” e “Democracia”, tantas vezes mal explicados e aplicados, não podem contribuir para radicalismos, para posicionamentos fundamentalistas (… e são tantos e tão predadores!) os quais evoluem, geralmente, para a desordem cívica e para a quebra de tais valores! ...» Manuel Maria Barroso, aqui.

“tentativa de manipular e condicionar o debate político e social”

Zé LG, 10.07.24

«Assiste-se nestes tempos, 50 anos após o 25 de abril de 1974, a uma tentativa já sem rodeios, ao invés de tempos passados, de manipular e condicionar o debate político e social, e assim o pensamento e as ideias dos cidadãos, sem limites.
Dos tempos dos jornais "fazedores de opinião" passou-se agora para um conluio de televisões, jornais e até aqui na blogosfera de "impositores de opinião".» Anónimo, 06.07.2024, aqui.

“a liberdade exige responsabilidade cívica”

Zé LG, 28.02.24

image_2024-02-27_19-12-36.png«Não pretendendo fazer defesa de ninguém, o administrador do blog gere o seu espaço pessoal como bem entende! Devemos estar todos gratos por nos proporcionar um espaço de discussão, que se pretende elevado e profícuo em termos públicos (haverá quem confunda este desígnio). Quem não gosta pode criar um blog próprio, com conteúdo por si seleccionado onde só publica ou comenta o que quiser! Já percebemos todos, que alguns conteúdos de natureza menos decente e/ou higiénica, não são bem vindos, e com razão! Afinal a liberdade exige responsabilidade cívica!»                   Anónimo 26.02.2024, aqui.

O agravamento da crise na comunicação social põe em risco a democracia

Zé LG, 10.01.24

Sem nome (44).pngUma comunicação social livre e independente é fundamental e determinante para o bom funcionamento da democracia. Sabemos quanto é difícil à comunicação social e, especialmente, aos jornalistas exercerem a sua função com plena liberdade e total independência, porque quase todos os que têm poder, mesmo que defendendo a democracia, não se inibem de exercer o poder que têm de forma a tentar que eles não os incomodem, escrutinando toda a sua actividade.

É a isso que todos os dias assistimos, pelas mais diversas formas, umas mais evidentes, outras mais subtis ou sofisticadas, a tentativas, muitas delas concretizadas, de condicionar a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social. Esses condicionamentos vão das fontes de financiamento, passando pela precariedade do emprego, até à equiparação de outras formas de comunicar à comunicação social.

 

 

“Parece-me que estamos a viver uma situação muito perigosa de regressão da liberdade.”

Zé LG, 02.11.23

Sem nome (61).png«No passado foi difícil recuperarmos em Espanha as nossas liberdades, sofremos censura. Por isso, estou demasiado velha para aceitar qualquer tipo de censura e não vou exercer autocensura. Estou aberta ao debate, a discutir com os outros as suas posições, sejam elas quais forem, e elas podem, ou não, convencer-me. Mas, o debate parece-me ser o que nos faz avançar, o que nos faz progredir. O que não estou disposta a fazer é que me imponham o que devo pensar. Preocupa-me muito que haja muita gente com medo de não ser, como dizemos em Espanha, politicamente correto. Isto não se refere apenas à política, refere-se a todos os aspetos da vida. Portanto, esta cedência de liberdade por medo do que as redes sociais possam dizer, por medo do que aqueles que foram eleitos possam fazer…não sei, acho que estamos a viver numa espécie de big brother, aquilo ao que George Orwell chamava o Ministério da Verdade. Vivemos numa sociedade absolutamente orwelliana, em que nos dizem o que temos de pensar, o que temos de dizer, parece-me absolutamente monstruoso. Essa é a semente do fascismo.» - Julia Navarro, escritora espanhola, romancista premiada, em entrevista a Jorge Andrade, aqui.

Chega! O fascismo não passará por aqui.

Zé LG, 25.04.23

Ezx2dWzXoAk0KG6.jpgAssistimos hoje a um enfraquecimento das democracias, um pouco por todo o Mundo. O que muitos consideravam irreversível está a acontecer. Tal deve-se, em primeiro lugar, à falta de respostas satisfatórias às necessitades mais sentidas dos povos, por parte dos governos, que, em vez de aprofundarem as suas componentes económica, social e de defesa do ambiente e criarem espaços de maior paricipação popular, muito fazem para reduzir a democracia à sua componente política e eleitoral e mesmo estas são, nalguns casos, fortemente condicionadas. Mas o enfraquecimento das democracias deve-se também à falta de instrumentos que as defendam mais eficazmente. Não pode valer tudo, incluindo tudo o que os seus inimigos fazem para as destruir, em nome da liberdade que elas lhes proporcionam.

Há 49 anos atrás reconquistámos a Liberdade e com ela construímos o regime democrático, que, não sendo perfeito e necessitando de grandes aprofundamentos, nos permitiu ter um Portugal melhor, aberto ao Mundo e mais desenvolvido. Precisamos de melhorar a democracia, travar tentações autoritárias do tipo “quero, posso e mando”, “isto é tudo nosso” ou “vale tudo” e desmascarar e combater todas as forças saudosistas do Estado Novo, que tudo fazem para, aproveitando a falta de defesas eficazes da democracia, para a fragilizar, tentando fazer crer nas pessoas a necessidade de “salvadores da pátria” e de um novo regime autoritário.

É com esses objectivos que alguns têm vindo a usar e abusar deste espaço para tentar condicionar e impedir qualquer debate sério sobre qualquer assunto e fazer a defesa do fascismo e propaganda de ideias anti-democráticas. Se o querem fazer, façam-no nos seus espaços, não usem este. Chega! O fascismo não passará por aqui.