“território baixo alentejano perdeu importância”
«A essência do problema tem mais que ver com a incapacidade de discernir entre o essencial e o acessório para o desenvolvimento da região! A culpa será dos decisores, das instâncias do poder, das associações e organismos locais, como será também de todos os cidadãos de um modo geral! A região definha a olhos vistos, na perda de activos, de investimento público e na perpetuação da ausência de estratégias claras e assertivas, que se vêm acentuando nas últimas décadas em razão da inacção política e cívica que se vai registando nos últimos tempos! O território baixo alentejano perdeu importância regional, política e económica ao longo dos anos! As infraestruturas públicas para além de escassas, não têm sido conduzidas de um modo sustentado, racional, de que o aeroporto e a ferrovia são um exemplo cabal e gritante! Acresce um mal transversal, que não sendo exclusivo desta região, é impeditivo de concertação e associação de interesses (a constituição de lobbys, tão em voga) em prol de um modelo de desenvolvimento regional desejável e expectável! Nem vale a pena já falar da tão proclamada regionalização, porque com maus representantes, dificilmente chegaremos a algum lado! De modo que, a manter-se este cenário de esvaziamento, de indiferença e de inércia política, só nos resta a gestão dos dinheiros públicos disponíveis, numa espécie de adiamento de uma morte anunciada! Estamos irremediavelmente fartos, cansados de falsas promessas e adiamentos de toda a espécie que ao invés de resolverem problemas essenciais, apenas servirão para precipitar a aniquilação de tão vasta região!» HC, 25.08.2023, aqui.