“Não é suficiente termos democracia na Constituição e nas leis, importa ter democracia nos factos, com cada vez mais qualidade, melhores e mais atempadas leis, justiça, administração pública, controlo de abusos e omissões dos poderes, prevenção e combate à corrupção das pessoas e instituições", avisou o PR, no seu dicurso do Dia da República. Sublinhou de seguida que “a democracia não é só política, é económica, social e cultural, e que sofre com a pobreza, a desigualdade, a injustiça, a intolerância, com a xenofobia, o racismo e a exclusão do diferente. Sabemos como erros, omissões, incompetências e ineficácias na democracia a fragilizam e a matam”.
Marcelo Rebelo de Sousa sofre de incontinêncioa verbal. Metem-lhe um microfone à frente, fazem-lhe uma pergunta sobre seja o que for e aí está ele a falar sobre o assunto. Não há um só dia que MRB não fale sobre qualquer coisa. Fala tanto que, mesmo quando diz alguma coisa com interesse, como a acima referida, ela se perde rapidamente na espuma dos dias. Ninguém se lembra do que disse na penúltima vez que falou.
Em vez de desempenhar o papel de PR, que apenas fala quando a situação o impõe e o diz em cada uma dessa intervenções sobrevive à espuma dos dias e mantém-se como referência do debate político, MRS levou para a Presidência da República o comentador que gosta de ser e de tudo comentar. Banalizou-se e banalizou a função a do mais alto magistrado da Nação. E os resultados estão à vista...