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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Mundo rural fica invisível porque as suas actividades não são percecionadas pelo mundo urbano

Zé LG, 20.12.24

202412181037351167.pngO IV Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva divulgou as suas conclusões, designadamente: atividades do mundo rural estão a “tornar-se invisíveis porque não são devidamente percecionadas e valorizadas pelo mundo urbano”; necessidade “de mecanismos que reforcem incentivos financeiros e fiscais que tornem a atividade mais atrativa para os jovens, …, que assegurem a renovação geracional”; “a questão da sanidade animal, com uma importância económica muito relevante e que deve ser encarada com base numa política ibérica”, seguindo o lema “prevenir é melhor que curar”; “medidas da PAC deverão ser ajustadas às especificidades dos territórios, tendo em consideração o solo, o clima e a diversidade de atividades agro-silvo pastoris, e que os apoios aos criadores de animais sejam considerados em função da área afeta ao sistema de produção e não ao animal; investimento público numa rede para fornecimento de água às explorações em todo o território do interior transfronteiriço para apoio a pequenos regadios, abeberamento de animais e abastecimento de águas às populações; as medidas da PAC têm de ser reavaliadas e ajustadas às especificidades dos sistemas de produção animal extensiva ao nível ibérico, devendo assegurar pagamentos adequados à Pecuária Extensiva.

AABA e ACOS criticam hipótese de Alqueva abastecer o Algarve

Zé LG, 17.12.24

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Na sequência do anúncio da ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, de que está a ser estudado o abastecimento de água ao Algarve a partir do Alqueva, os agricultores do Baixo Alentejo criticam essa hipótese e defendem medidas do Governo para aumentar o volume de armazenamento da albufeira alentejana.
Para o presidente da AABA, Francisco Palma, “é um bocadinho descabido pensar que Alqueva vai suprir as necessidades hídricas do Algarve, tendo o Algarve, por si só, condições de ter mais recursos hídricos” e “Nessa questão do Alqueva servir para tudo e para todos, acho no mínimo uma golpada eleitoralista e um oportunismo político”, criticou, lembrando que o Alqueva “foi feito e pensado” para “colmatar um défice hídrico que existe no Alentejo, dada a seca e a irregularidade” do clima da região, e que antes de se pensar em levar a água do Alqueva até ao Algarve, é preciso que esta chegue primeiro “aos vários sítios do Baixo Alentejo onde é necessária”, porque “o Alentejo é muito grande e a água pouca em relação ao tamanho do território”.
Rui Garrido, presidente da ACOS, disse não ver com bons olhos um projeto que possa implicar “mais um consumo de água ao Alqueva”, porque “A água do Alqueva não é ilimitada” e “temos é de começar a pensar na maneira de meter mais água no Alqueva”, porque, no futuro próximo, a região pode vir a debater-se com “mais três anos sem chuva” e “Isso tem que ser equacionado e temos que pensar que, para dar água a tanta gente, temos de arranjar mais água para o Alqueva”, frisando não perceber “como é que pode sair tanta água sem que se pense em meter água no Alqueva, nomeadamente água que venha do norte [do país], onde chove mais e há mais” recursos hídricos.

Governo vai classificar caroço de azeitona como subproduto

Zé LG, 03.12.24

202412010902067770.jpgO Governo vai alterar a classificação do caroço de azeitona derivado da extração do azeite, passando de resíduo para subproduto, à semelhança do que já acontece em Espanha, prometeu a ministra do Ambiente e Energia, para quem, a reclassificação assenta “numa lógica de promoção da economia circular e de promover ainda uma maior utilização de energias renováveis, nomeadamente da biomassa”, o que está em linha com os objetivos nacionais e europeus “e em linha com a diretiva europeia das energias renováveis que Portugal está agora a transpor”.
A classificação do caroço de azeitona da extração de azeite era reivindicada pela Olivum, alegando que a sua classificação enquanto resíduo “acarreta grandes dificuldades na valorização comercial e impossibilita a sua exportação, quando existe uma procura mundial crescente pela sua capacidade calorífica”.

Agricultores queixam-se de falta de mão-de-obra e dizem que imigrantes são necessários

Zé LG, 26.11.24

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Rui Garrido afirma que a falta de mão-de-obra é grande e “sem trabalhadores imigrantes não se consegue apanhar a azeitona, a fruta e os legumes”, acrescentando que “até já há pastores nepaleses” a trabalhar na região e que os trabalhadores imigrantes têm um papel decisivo neste como noutros setores económicos.
O presidente da ACOS defende um maior controle no processo de entradas, com contratos de trabalho válidos e o combate às redes de tráfico de seres humanos, para que não se vejam trabalhadores imigrantes abandonados à sua sorte nas ruas, como acontece, por exemplo, em Beja, para o que há muito trabalho de cooperação a desenvolver, seguindo os bons exemplos de contratação e instalação de imigrantes como os verificados nalgumas regiões do país e da vizinha Espanha.

Língua Azul está a causar elevados prejuízos no setor pecuário do Alentejo

Zé LG, 14.10.24

202410091751448646.jpgA FAABA enviou uma carta ao Ministro da Agricultura e Pescas manifestando a sua séria preocupação sobre os elevados prejuízos que o setor pecuário do Alentejo está a sofrer em resultado da progressão acelerada de um novo serotipo do vírus da Febre Catarral Ovina, o Serotipo 3 - também conhecida como língua azul. Este vírus afeta essencialmente ovinos, embora também possa causar problemas aos bovinos e aos caprinos. Esta é uma doença transmitida por insetos, que se suspeita terem vindo do Norte de África arrastados pelo vento, trazendo consigo esta nova estirpe da Língua Azul que, por força das alterações climáticas, encontra condições para estabelecer-se na Europa e expandir-se cada vez mais para Norte.