Florival Baiôa Monteiro, de 73 anos, natural de Beja, morreu, na sua casa, vítima de doença prolongada. O funeral sai amanhã, às 10h45, da Casa Mortuária de Beja para o Cemitério da Quinta do Conde, onde será cremado.
Embora esperada, foi com profunda tristeza que recebi a notícia da sua morte. Um velho e bom amigo, com quem partilhei causas comuns, sempre irrequieto, com boa disposição e amigo do convívio com os amigos.
Florival Baiôa marcou a vida de Beja nas últimas décadas: como professor marcou gerações de alunos que o admiravam e estimavam; como investigador e divulgador da história local, designadamente da azulejaria, da doçaria e das tradições; como dinamizador e agregador dos bejenses para causas importantes, quer através da Associação para a Defesa do Património da Região de Beja quer do movimento Beja Merece. Amava como poucos a sua / nossa Cidade e pôs a sua irreverênvia, o seu desassossego e o seu dinamismo ao seu serviço, em defesa das causas mais importantes contra a estagnação, o isolamento e o esquecimento de que tem sido vítima, nunca se acomodando a essa “fatalidade”. Foi assim até ao fim. Beja fica a dever-lhe muito. Ficámos todos, os que alguma vez com ele privámos, mais pobres.
A toda a família apresento os meus sentidos pêsames.