É preciso discutir o que pode ser feito
Nesta pré-campanha eleitoral autárquica, como acontece sempre de resto, discute-se mais o que as autarquias difícilmente poderão fazer do que o que têm obrigação de fazer.Muito se tem falado de desenvolvimento como se este se promovesse por ilhas. Como se os problemas de todo o Interior e do Alentejo, em particular, não fossem mais ou menos comuns a todos os territórios. Como se para que ele aconteça não fosse necessário uma política nacional de desenvolvimento regional da responsabilidade do governo.
Só assim se compreende algumas promessas: "criar x postos de trabalho", "não aprovarei mais nenhum projecto de instalação de uma grande superfície", "criação de agência para a captação de investimentos", garantias sobre o desenvolvimento de projectos como os de Alqueva ou do aeroporto...
E também convém compreender que os que avançam com estas promessas têm a sua quota parte de responsabilidade nessas questões que os partidos que têm estado no governo não têm resolvido e que fogem para elas porque não têm muito a apontar no que respeita às competências das autarquias a que se candidatam...