Como se previa, o secretariado da Direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP, assumiu, ontem, a expulsão de Luísa Mesquita do partido, referindo que "a atitude partidária adoptada por Luísa Mesquita de ostensivo incumprimento de princípios estatutários, de compromissos políticos e éticos assumidos e de afrontamento ao Partido, com recurso a calúnias e à mentira, é incompatível com a sua qualidade de membro do PCP", esclarecendo que o processo foi "iniciado com a recusa, em Junho de 2006, de colocar o seu lugar de deputada à disposição".

Em reacção àquela decisão, Luísa Mesquita garantiu que "continuará a reger a sua vida pessoal pelos princípios que seguiu até aqui", adiantando que vai, agora, poder executar o seu trabalho quer parlamentar quer como vereadora na autarquia de Santarém "com maior tranquilidade" porque, desde que lhe foi retirada a confiança política, "viu as suas hipóteses de trabalho coartadas pois nem o papel timbrado do PC podia usar".

Os presidentes de juntas de freguesias do concelho de Santarém eleitos pela CDU afirmaram que "Estamos indignados com a baixeza do comunicado do PCP, que está repleto de falsidades em relação a Luísa Mesquita", que «As medidas que foram tomadas em relação à vereadora não respeitam a vontade dos militantes» que estavam «satisfeitos com o seu trabalho» e que vão «continuar a trabalhar» com eleita da CDU, como «aconteceu no passado».