Soares - Louçã
- Um candidato a querer ser simpático, paternalista, institucional, consensual, moderado para não atacar o concorrente nem os problemas, nem muito menos o governo e a situação do país e da União Europeia. Um candidato da situação, que não mostra ter condições para enfrentar seja o que for. Fez mal em não ter permitido o aparecimento de um único candidato à esquerda. Faz mal em formalizar a sua candidatura.
- Outro candidato a falar claro mesmo quando se trata de questões fracturantes, acutilante, frontal, ágil na apreensão e respostas às questões. Um candidato que se mostra empenhado em romper com o estabelecido, em enfrentar os problemas por mais delicados que se apresentem e rasgar novos horizontes. Que assume uma pose institucional sem pôr em causa as suas posições político-ideológicas mesmo nas situações mais sensíveis.
Mais uma vez me pareceu tratar-se de um debate entre o velho e o novo (não só na idade.. ), entre o passado e o futuro, entre a situação e a mudança, entre a acomodação e resignação e o inconformismo e a indignação perante a situação.
Mais uma vez, acho que Francisco Louçã esteve melhor.