Regionalizar ou dividir para reinar
Entretanto, já reorganizou o Instituto de Turismo de Portugal, que passou a chamar-se Turismo de Portugal, IP e que ficará a superintender a Direcção Geral de Turismo, o Fundo de Turismo, o Instituto Nacional de Formação Turística (ex-INFTUR) e a Inspecção-Geral de Jogos.
Com esta reorganização, o governo pretende, ainda, extinguir as actuais regiões de turismo e criar agências regionais de turismo em 8 das actuais 19 regiões de turismo e mais 2 em Lisboa e Porto. No Alentejo, o governo pretende criar de 2 agências: a do Alentejo, agrupando os distritos de Évora e de Portalegre, e a do Litoral Alentejano e Planícies (!!!), juntando ao distrito de Beja os municípios do Litoral Alentejano.
De acordo com a Constituição, as regiões de turismo serão extintas com a criação das regiões administrativas. A reorganização da administração central (PRACE) não o pode fazer, como pretende o governo.
Já existem agências regionais de turismo. Agora o governo pretende criar outras com território e competências diferentes. À Agência Regional de Turismo do Alentejo juntar-se-ão a Agência Regional de Turismo do Alentejo e a Agência Regional de Turismo Litoral Alentejano e Planícies. Simplex, não é?
Está lançada mais uma confusão! As discussões sobre a regionalização voltaram a acirrar as posições e os ânimos sem que esteja em discussão. É mais uma vez o governo a desviar as atenções dos problemas que não consegue ou não quer resolver.