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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“Em Saúde sempre houve e terá de haver sempre discriminação positiva”

Zé LG, 20.10.13

Sem querer esgrimir aqui conhecimentos de administração nem pseudo-sabedoria, não posso deixar de corrigir uma afirmação, que considero grave (embora perceba o que quis dizer). Assim permita-me referir que "prestar cuidados de saúde com qualidade sem discriminação" é matéria de administração hospitalar, sabia? quero informá-lo que esta afirmação em gestão de saúde não faz sentido, sabe porquê? porque em saúde sempre houve e terá de haver sempre descriminação positiva. Quer isto dizer, sinteticamente, que quem mais dificuldades tem no acesso aos serviços (hospital, centro de saúde...) porque tem menos informação (não sabe ler, não tem meios de transporte próprios, desloca-se de uma maior distância, são exemplos) deve ter um tratamento discriminado positivamente, sendo a preocupação do gestor e sobretudo do médico ou outro profissional de prestação de cuidados directos de saúde trata-lo ainda melhor que outro doente que dispõe de mais informação (encaminhá-lo, dar-lhe mais e melhor atenção nas explicações do seu tratamento/doença...).Em saúde tem de ser assim porque se assim não for, não estamos a tratar bem quem mais precisa, os mais desfavorecidos. Sei que nem sempre é assim, mas ainda acredito que essas vezes são em menor número. Na parte que me diz respeito, a gestão em saúde, tento não me esquecer disso todos os dias. Quanto aos recursos que a ULSBA, incluindo o hospital, tem de dispor aos seus doentes, também é matéria da preocupação dos gestores. E se o é! Também, neste caso, entendo que não podemos perder mais qualidade e até devemos tentar" reconquista-la", aquela que temos vindo a perder (atrevo-me). Mas também me atrevo a dizer" que muitas camas"ou mais ou menos camas não são sinónimo de qualidade e melhor acesso. Assunto que merece discussão ténica profunda (incluindo os profissionais de prestação directa e os tais gestores, que o meu amigo não gosta / acha que querem poleiro) e que os tempos de crise até, às vezes, podem e deviam ajudar a resolver/melhor decidir. Os nossos doentes alentejanos, nós todos, precisamos continuar a dispor de recursos materiais e humanos necessários, porque indispensáveis e suficientes, para garantirmos cuidados de saúde.

Anónimo a 19 de Outubro de 2013 às 21:39, in: http://alvitrando.blogs.sapo.pt/2555654.html?view=5905926#t5905926

3 comentários

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    Anónimo 20.10.2013

    Dr. Munhoz:

    O interesse público tem que utilizar sempre critérios técnicos ojectivos,mensuráveis,suportados na tal ciência da gestão,esses sim ao serviço da estratégia .´E a este nível da estratégia que podem surgir diferentes opções e por conseguinte diferentes escolhas ao serviço da polis.Em meu entender,nenhuma delas deve ser politizada/instrumentalizada /bandeira de A , B ou C-
    porque todas ténicas e fundamentadas.
    Dr. Munhoz,não tente adivinhar,não me parece ser essa a sua "arte".

    Outrem,sexo masculino
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    Anónimo 20.10.2013

    Não precisa tentar Drº munhoz... já acertou !
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