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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

A “justiça social” da taxa única de IRS

Zé LG, 28.01.22

IRS2021.jpgOs partidos de direita têm defendido a aplicação de uma taxa única de IRS, de 15%, para fazer crescer a economia. Vejamos o que a aplicação daquela taxa traria:

Um contribuinte com um rendimento de 25.000 euros anuais, paga actualmente 6.250 euros de IRS. Passaria a pagar, com aquela taxa, 3.750 euros, poupando 2.500 euros.

Um contribuinte com um rendimento de 100.000 euros anuais, paga actualmente 48.000 euros de IRS. Passaria a pagar, com aquela taxa, 15.000 euros, poupando 33.000 euros.

Ou seja, ambos poupavam, mas o que tem menos rendimento poupava 2.500 euros enquanto o que tem rendimento quatro vezes superior poupava 33.000 euros (13 vezes mais do que o outro). É esta a justiça social que a direita defende – pagar menos (em termos relativos) quem mais ganha.

E o Estado recebia menos 35.500 euros para fazer face aos serviços públicos que tem de assegurar e que todos, incluindo os da direita, queremos melhores.

Rui Rio “não vai convencer os portugueses”, disse o presidente do Chega

Zé LG, 28.01.22

202201271207493267.jpgO presidente do Chega afirmou, em Beja, que Rui Rio “não vai convencer os portugueses” e acusou-o de ter “falta de vergonha na cara” quando diz que “um voto no Chega é um voto no PS” e de que “está a prestar um mau serviço à direita”, recordando que “o PSD votou ao lado do PS, na atual legislatura, cerca de 60% das vezes”.

Sobre o distrito de Beja disse que “tem estado esquecido” e que o “Chega quer ser a sua voz, defendendo o que é para defender”.

Alquém sabe de Marcelo Rebelo de Sousa?

Zé LG, 27.01.22

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Foi o primeiro a ameaçar com eleições antecipadas, quando ainda iam no adro as negociações do Orçamento de Estado. Depois de "envenenar" as eleições internas do seu PSD e do CDS, encolheu-se perante os "resultados" de umas e do adiamento de outras. (Re)afirmanto vezes sem conta a necessidade de estabilidade política, fez tudo para a minar. Lançada a confusão das eleições antecipadas, retirou-se para parte incerta. Há quanto tempo não se ouve falar nele, ele que faz tudo para estar omnipresente... 

Suspeito que se tenha enganado nos cálculos e que possa vir a ficar com "um menino nos braços", que irá apresentar para mostrar quanto é importante e o centro do mundo e... das confusões também. E talvez não fosse ele o que na fotografia tivesse razão para rir...

O que está (devia) estar em causa nestas eleições

Zé LG, 27.01.22

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Não é certamente o gato de Rui Rio ou os cães de António Costa ou quaisquer outros animais  de outros candidatos. Trazê-los para o debate eleitoral não foi certamente ingénuo e teve como objectivo deixar para segundo plano o que devia ser debatido, o que vai resultar destas eleições e terá impacto no nosso futuro colectivo.

Vamos todos - activamente, os que votarem e, por omissão, os que não votarem -, eleger os que nos vão representar na Assembleia da República, que terão como primeira responsabilidade aprovar o programa do governo. Este resultará da composição da AR. Até 2015, todos os governos resultantes de eleições democráticas foram da responsabilidade do PS e do PSD, com o apoio do CDS nalguns casos. Em 2015 e pela primeira vez, o governo foi de um partido (PS) que não ganhou as eleições mas que teve apoio maioritário na AR, contando com o apoio do BE e da CDU. Em 2019, o PS ganhou as eleições, embora sem maioria, e formou governo sem assegurar o apoio do BE e da CDU, que em 2021 votaram contra a proposta de Orçamento de Estado.  

O PSD foi o partido que mais vezes votou ao lado do PS na AR e a percentagem dessas votações comuns aumentou da legislatura de 2015-2018 para a que agora termina, o que mostra a crescente aproximação dos dois partidos e o porquê do fim da "Geringonça".

Bloco Central existiu mesmo em tempo de “Geringonça”

Zé LG, 27.01.22

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Nestas duas legislaturas, o PSD foi o partido que em maior número de iniciativas parlamentares optou pelo mesmo sentido voto que o PS: mais precisamente, em 57,8% das ocasiões. Seguem-se os parceiros da geringonça: BE (56,8%), PCP (56,1%) e PEV (52,4%). O PAN e o CDS-PP estão no mesmo patamar de voto idêntico ao PS (51,6%).

Separadas as legislaturas, verifica-se que houve uma diminuição clara do voto comum entre o PS e os seus parceiros à esquerda:

- o BE baixou de 65,4% para 42,2%;

- o PCP baixou de 65,1% para 40,6%;

- o PEV baixou de 60,5% para 38,7%.

- o PAN baixou de 57% para 42,5%.

José Onofre refecte sobre as eleições

Zé LG, 26.01.22

«Ninguém pediu a minha opinião sobre as eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro.

Mesmo assim, como cidadão interessado e no pleno uso dos seus direitos civis e políticos, vou publicar a reflexão que fiz sobre as mesmas. Vou publicá-las por duas razões. A primeira para desabafar o que me vai no pensamento; a segunda pode ser que, numa hipótese remota, aproveite a outrem.

Vou expor a meditação que fiz como refleti. Através de perguntas e respostas."

 

 

“Não foi por falta de “liberdade económica” ou de “excesso de socialismo” que a economia portuguesa estagnou”

Zé LG, 26.01.22

195448370_1460866497586315_9127435544519192663_n.j«Não é com mais agenda liberal que a economia portuguesa vai recuperar. É preciso continuar a investir em educação e em inovação. É preciso um Estado que seja um parceiro activo das empresas e dos centros de saber na promoção da mudança estrutural, como o foi ao longo dos séculos em todos os países que se desenvolveram. Acima de tudo, é preciso persistência e perseverança. O resto é banha da cobra.»

É assim que Ricardo Paes Mamede termina um excelente texto, transcrito aqui por um Anónimo, em que desmonta "A mensagem mais eficaz dos partidos da direita (todos eles) durante a campanha eleitoral em curso é a de que a economia portuguesa tem vindo a ser ultrapassada por vários países do Leste europeu que eram até há pouco tempo pobres e que isso se deve a 25 anos de "políticas socialistas" em Portugal.”

Rui Rio faz o que acusa António Costa de fazer

Zé LG, 26.01.22

202201251641494015.jpgO presidente do PSD, Rui Rio, este ontem em Beja e considerou que o secretário-geral do PS, António Costa, está "na iminência de perder as eleições" legislativas e a baixar o nível da campanha e sugeriu-lhe que "perca com dignidade", acusando o secretário-geral do PS e primeiro-ministro de ter contribuído para que a campanha para as legislativas de domingo "esteja a baixar um bocado de nível", porque está "permanentemente a deturpar, a deturpar, a deturpar" o programa do PSD e de fazer crer que está no programa do PSD "aquilo que lhe dava jeito que estivesse, mas não está" – como "pôr a Segurança Social na bolsa, pôr as pessoas a pagar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para lá do que já pagam através dos seus impostos" – para o colocar "muito à direita".

Rui Rio “comprometeu-se” a fazer chegar a auto-estrada a Beja, eletrificar a linha entre Beja e Casa Branca e arranjar forma de dar utilidade ao aeroporto a bem, não só desta região, mas de Portugal.