“E como esquecer… a “visita histórica” e “amiga” que um deputado da nação se deu ao luxo de promover para me pôr na linha?”
«... Já me perguntaram se estou “contente” com o desfecho da “novela”. E a minha resposta tem sido esta: sim! E não! Ao mesmo tempo.
Estou contente, claro, porque procurei na Justiça a justiça que não encontrei fora dela. E ela fez-se, a Justiça!
Simultaneamente, enquanto cidadão e contribuinte, senti-me vexado. Vi-me espoliado dos meus direitos enquanto trabalhador, despedido de forma vil, ameaçado, vítima de calúnias e de intrujices, coagido. Por muito boa que seja a decisão final dos tribunais, quem poderá esquecer e ficar feliz com tanta e tamanha infâmia?
E como esquecer? Esquecer as pressões inenarráveis dos meus patrões, ainda para mais autarcas eleitos e com deveres de defesa do bem público? As suas tentativas de intercedência política na vida editorial do jornal que dirigia? A “visita histórica” e “amiga” que um deputado da nação se deu ao luxo de promover para me pôr na linha?
O concurso maquiavélico, viciado, para não dizer pornográfico, para diretor do DA engendrado pelo secretário da instituição e pelos seus fantoches de mão? A campanha de difamação das redes sociais e nos blogues que contra mim promoveram?
A campanha difamatória que fomentaram junto dos meus atuais “patrões” com o intuito de me prejudicarem a mim e à minha família? E a mentira? É muito difícil conviver com ela. Fica atravessada na goela. Jamais me esquecerei das caras deslavadas de Jorge Rosa e de Fernando Romba, no Tribunal de Trabalho de Beja, perante uma juíza de direito, impávidos, profissionais do ilusionismo, a afirmarem que quase nem me conheciam, que não sabiam quem dirigia de facto o DA, que desconheciam se eu tinha assento no jornal ou se me relacionava com as pessoas que lá trabalhavam… sinto pena e sinto vergonha por eles. Ao mesmo tempo. ...» Paulo Barriga. Aqui.