Não Sr. primeiro-ministro, eu não sou responsável pelo descontrolo da pandemia!
O Sr. primeiro-ministro voltou a afirmar, naquela sua estratégia desresponsabilizadora, que a responsabilidade do descontrolo da pandemia é dos portugueses e que, por isso, vamos sofrer as consequências, designadamente de mais restrições.
Ora, Senhor primeiro-ministro, eu, como a esmagadora maioria dos portugueses, sempre cumpri as normas que o seu governo impôs. Mesmo quando não concordei com algumas e até achei disparatadas algumas destas. Ora, como pode vir agora o Sr. Primeiro-ministro atribuir-me responsabilidades?
Uma pandemia, uma doença, não se combate (só) com medidas administrativas, com confinamentos e restrições das liberdades individuais e colectivas. Combate-se também – e principalmente, com medidas sanitárias. E o Senhor primeiro-ministro, há mais de seis meses, repetiu a sua divulgação – testes, rastreio e confinamento das pessoas infectadas ou com hipótese de estarem. Será que essas medidas, da responsabilidade do governo, foram aplicadas de acordo com as necessidades, face à evolução da pandemia? Se foram, porque é que se chegou novamente ao descontrolo registado nalguns concelhos, designadamente da Área Metropolitana de Lisboa, como já se tinha verificado há seis meses (a história está-se a repetir uma vez mais…)?
Não, Senhor primeiro-ministro, a responsabilidade não é das pessoas, pelo menos da grande maioria. A principal responsabilidade é sua e do seu governo, porque não tomou as medidas sanitárias que anunciou, na medida que era necessário, e porque não foi capaz de fazer aplicar, a quem não as cumpre, as medidas de contenção que tomou, que é para isso, também, que serve um governo e um primeiro-ministro...
«O PCP vive do passado. Partido que nunca esteve aberto à discussão entre militantes, não criou espírito crítico. Os jovens que aderem ao PCP não dizem coisa com coisa. Quem não dissesse amém ao que dizia o chefe era criticado, se abusasse era castigado, ...
Bernardo Mendes Loff Barreto, nasceu em Sosa-Vagos, em 1947. É licenciado em Medicina. Fez parte do 1º grupo de médicos do Serviço Médico à Periferia em 1975, tendo trabalhado nos concelhos de Cuba e Vidigueira. Ingressou depois no Hospital de Beja em março de 1976, onde decorreu toda a sua Carreira Médica. Aposentou-se em 2013. Trabalha atualmente no Serviço de Hemodiálise da ULSBA. Foi professor convidado da Escola Superior de Saúde de Beja durante 37 anos. É sócio fundador do Sindicato dos Médicos da Zona Sul. Foi Diretor do Jornal Alentejo Popular e da Rádio Voz da Planície.
António Figueira Mendes, natural da Freguesia de Azinheira dos Barros, é militante do PCP desde 1959 e administrador de empresas.
Ventura Ramalho, 42 anos, residente em Vila Nova de Milfontes, é o candidato do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Odemira nas autárquicas deste ano. 
O antigo autarca José João Guerreiro, de 70 anos, que liderou a Câmara de Ferreira do Alentejo durante 10 anos, é o candidato da CDU à autarquia ferreirense, de maioria PS, nas próximas eleições Autárquicas.