É “imprescindível colocar na direcção da nossa Unidade Local uma equipa competente”, afirma Munhoz Frade em carta aberta a José Gaspar
Exmo. Sr. Dr. José Gaspar:
Estranhará dirigir-me a si por este meio, mas o contexto assim o obriga. Há muito que pessoal e um tanto voluntaristicamente venho alertando publicamente para aspectos danosos afectando o Hospital onde exerço funções há mais de 34 anos. Fi-lo sob variadas formas e em diversos meios, apelando ao esclarecimento das consciências cívicas e ao exercício da crítica inteligente. Dessas múltiplas acções, apenas quero agora lembrar uma peça, pela sua significância em termos de proposta inovadora. Refiro-me ao meu artigo intitulado “Idoneidade, maturidade, qualidade e autonomia”, publicado em 30 de Novembro de 1990 no Diário do Alentejo. Nele avançava a ideia de ser necessário um novo paradigma hospitalar, em que o nosso Hospital tivesse maior autonomia de gestão. Como é sabido, essa ideia não teve concretização nas duas décadas seguintes, mas mantém na actualidade grande pertinência. Após ter sido nomeado vogal do Conselho de Administração da ULSBA, o Sr. Dr. veio encontrar uma realidade bem diferente do que imaginava, com uma complexidade que não suspeitara. Decorridos dois anos de gestão, a sua equipa tornou patente a sua impreparação para tão exigentes funções. Um novo paradigma não pode ser posto em prática por amadores. Há na casa profissionais sabedores capazes de o fazer. É por essa razão que venho abertamente lançar-lhe um repto. Não seja o impedimento ao que é neste momento imprescindível fazer, como "condição de sobrevivência": colocar na direcção da nossa Unidade Local uma equipa competente.
http://alvitrando.blogs.sapo.pt/querem-matar-o-que-resta-de-esperanca-2696604?view=6409372#t6409372
a 30 de Abril de 2014 às 00:16, em: