Sendo um dos sócios fundadores do Centro, pai do mais antigo utente do mesmo, espero que os vencedores saibam trabalhar prioritariamente em prol daqueles para quem ele foi criado e existe - os seus utentes. Utentes e não clientes, visto que não são consumidores que procuram voluntariamente um serviço. Penso que a explicação do facto de nos mais de trinta anos da instituição não ter havido candidaturas de duas listas para a Direcção foi exactamente o espírito de missão, com o critério de pôr os utentes em primeiro lugar. Uniram-se esforços e motivações, sem separações ideológicas. O Centro é e deverá continuar a ser uma Instituição Privada de Solidariedade Social - IPSS. A "moda oportuna" de estar de bem com o Poder neo-liberal passará. Previsivelmente, os que "convenientemente" bloquearam verbas não as desbloquearão, defraudando expectativas crédulas. A "onda política" de arrasar o sector social, pretendendo transformar tudo em empresas e mercado, acabará. Existirão sempre os que necessitam dos cuidados que apenas um Centro - tal como o que foi criado em Beja por pais e técnicos e erigido, no decurso de três décadas, sempre em grande ligação à Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral - pode facultar-lhes.
Comentário de Munhoz Frade deixado aqui, a 21 de Dezembro de 2012 às 22:52
A lista vencedora foi a lista B.