Daria, certamente, para uma ou duas crónicas de jornal, mas, para exemplo, refiro apenas a errática (e oportunista) postura do actual presidente da câmara de Beja, bem documentada em vários suportes mediáticos – rádios, tvs, jornais, internet, etc.
Começou por aceitar e defender a proposta da CP, que previa a solução do transbordo em Casa Branca, induzindo em erro, mais tarde, a população de Beja, ao escrever no boletim municipal que iria haver cinco intercidades diários. Quando surgiu o movimento dos cidadãos (mais tarde, o Beja Merece), a sua primeira posição foi desvalorizá-lo (no dia 19 de Janeiro de 2011, em entrevista ao Jornal da Tarde da RTP), tratando esse assunto como algo de um qualquer “movimento”, em vez de lhe exprimir o seu apoio.
Esse “apoio” (ou colagem) só chegou uma semana depois, quando os cidadãos de Beja se manifestaram pela primeira vez no largo da estação (o famoso “assalto à estação ferroviária”). Com cerca de 500 pessoas presentes, claro que o presidente da câmara não podia “perder o comboio” e deixar de aparecer na primeira linha da luta.
Finalmente, para terminar esta novela trágico-cómica, não faltou o recado paternalista, deixado numa entrevista a um jornal local (14 Outubro 2011), em jeito de reprimenda a um grupo de irresponsáveis que estavam a afastar os investidores, com a sua luta “contra o fim dos comboios” (coisa que só pela sua cabeça deve ter passado).
Para concluir, apetece apenas dizer: “apoios” desses, não obrigado.
Publicada por José Filipe Murteira em 19:09