Basicamente, relata a proposta que o Governo Sócrates fez à troika para a reformulação da rede ferroviária nacional e que se resume nisto:
"O estudo foi realizado, à revelia da Refer, por uma equipa conjunta do Ministério das Finanças e do Ministério das Obras Públicas e Transportes. E consolida o fim das linhas que até agora estavam encerradas "provisoriamente" à espera de obras de modernização (Corgo, Tâmega, Tua e troços Figueira da Foz-Pampilhosa e Guarda-Covilhã, num total de 192 quilómetros). Inclui também a Linha do Douro, entre Régua e Pocinho (68 quilómetros), a Linha do Leste entre Abrantes e Elvas (130 quilómetros), a Linha do Vouga (96 quilómetros), o ramal de Cáceres (65 quilómetros), a Linha do Alentejo entre Casa Branca e Ourique (116 quilómetros). Esta última deixaria Beja sem comboios, apesar de, neste momento, a CP estar a preparar uma oferta especial desta cidade aos Intercidades de Évora."
"O PÚBLICO apurou que a administração da Refer não subscreve esta visão sobre a ferrovia portuguesa e que tem em cima da mesa um documento de trabalho - ainda não terminado - com uma proposta de cortes mais modesta. Nela se mantém o fecho das linhas já encerradas (com excepção da ligação Guarda-Covilhã) e se estuda o encerramento do ramal de Cáceres (Torres das Vargens-Marvão), a Linha do Vouga apenas entre Albergaria e Águeda (14 quilómetros) e a Linha do Alentejo entre Beja e Ourique (36 quilómetros)."
Uma autêntica vergonha!
Ou muito me engano ou está-se aqui a preparar um verdadeiro caldinho! Era importante o Movimento Beja Merece começar desde já a questionar e pressionar o novo Governo sobre estes tema, porque se foi o próprio PS a fazer esta proposta à troika até que ponto o PSD pretende ou não levá-la adiante.
A notícia pode ser lida aqui: http://www.publico.pt/Local/estudo-entregue-a-troika-propoe-fecho-de-800-km-de-linha-ferrea_1500246
José Balça
Talvez tenha sido por isso que, na sua visita à 28ª Ovibeja, José Sócrates tenha dito que não estava a par da situação...
Entretanto, a bancada da CDU apresentou uma moção, aprovada por unanimidade, onde a Assembleia Municipal de Beja “rejeita quaisquer novos cortes nos serviços ferroviários que servem a cidade, o concelho e o distrito de Beja – o que seria um verdadeiro crime de lesa-Alentejo – e, pelo contrário, reafirma a exigência do restabelecimento das ligações directas de e para Lisboa e Algarve”.