"O DIA SEGUINTE"
A questão que se nos coloca é a de saber como resistir e passar à ofensiva!
O combate para reerguer Portugal será um combate muito duro. Um combate que exige inteligência, coragem, flexibilidade táctica e definição clara de objectivos estratégicos e de políticas. Que aconselha a procura de entendimentos e de alianças políticas e sociais eficazes com incidência parlamentar e de governação.
Entendimentos e alianças com força suficiente para resistir ao golpe inconstitucional da direita e da extrema-direita parlamentares e dos mercados financeiros, forças animadas pela vitória do candidato que apoiaram nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro de 2011.
Entendimentos e alianças que permitam alcançar objectivos constitucionais e patrióticos, na nova fase que os portugueses e o país estão a atravessar sob o jugo das instituições financeiras nacionais e internacionais, do directório radical da União Europeia, e do radicalismo do Fundo Monetário Internacional|FMI, cujo rotundo fracasso na Irlanda e na Grécia é já indisfarçável.
Como os últimos trinta e quatro anos mostram, e as eleições de Janeiro confirmam, nenhuma das actuais forças democráticas e de esquerda, só por si, está em condições de resolver a situação.
Sobretudo enquanto o PS continuar a ser o Cavalo de Tróia da direita e da extrema-direita parlamentares para penetrarem e destruírem por dentro a cidadela da democracia portuguesa, tal como a Constituição a acolhe.
As análises que as forças políticas, democráticas e de esquerda, estão a fazer da situação que o país vive após as eleições presidenciais, em meu entender, são demasiados circunstanciais, não têm suficientemente em conta os dados novos da situação, não avançam nada de novo.
Nota: O artigo Dia Seguinte será publicado na Revista Alentejo de Fevereiro|Março|Abril.
António Murteira
Recebido por e-mail.