Com a devida vénia, transcrevo aqui um texto de Vítor Dias, publicado no seu blogue “o tempo das cerejas”, no passado dia 15:
“Memória e saudade do Luís
Completam-se hoje precisamente 10 anos sobre a morte, em circunstâncias absolutamente inesperadas, na sede do PCP na Rua Soeiro Pereira Gomes, e sete dias após o fim de uma extenuante campanha eleitoral a que se dedicara de corpo e alma, de Luís Sá, membro da Comissão Política do PCP e meu queridíssimo amigo e camarada.
E se a sua morte causou então um alargado sentimento de dôr e de tristeza, talvez se possa compreender que esse dia, em que tão cedo e tão jovem desapareceu do nosso convívio, terá ficado especialmente gravado até hoje, qual cicatriz de uma ferida lacerante, na memória e na sensibilidade dos primeiros dos seus camaradas que o encontraram já sem vida no seu gabinete de trabalho.
Enviando nesta dolorosa efeméride um renovado abraço de solidariedade aos seus mais próximos que o amavam, aqui confesso como me custa dizer hoje muito mais sobre este homem de notável inteligência, profundas convicções e enraizado humanismo, este amigo sólido e insubstituível e este destacado comunista a quem a nossa causa comum da liberdade, da democracia e do socialismo muito ficaram a dever pela sua generosidade, entrega, lucidez e qualidades humanas e políticas.
Adeus outra vez, Luís, não te esquecemos e continuamos a ser muitos e muitas os que acreditam e lutam pelos valores, ideais e projecto a que dedicaste a tua vida, assim renovando e dando futuro ao combates que, antes de nós, muitos outros homens e mulheres de admirável têmpera travaram desde 1921 - ano da fundação do PCP.”
Também eu recordo com muita saudade Luís Sá. Faz-nos falta.