Prometeu muito o governo do PS de José Sócrates
“Um ciclo eleitoral que constitui a grande oportunidade para os portugueses expressarem através do voto, uma clara condenação da política de direita e da acção do governo do PS e com o reforço das posições e influência eleitoral da CDU criar condições para o surgimento de uma alternativa política e uma política alternativa de esquerda que, vinculada aos valores de Abril, assegure uma vida melhor para os portugueses e promova um país mais justo, desenvolvido e soberano.”
“Quatro anos de governo do PS que fizeram recuar para um patamar ainda mais baixo a resposta aos três problemas centrais do país e que uma verdadeira política de defesa do interesse nacional e dos portugueses deveria assumir: o défice de produção, o desemprego e a injusta distribuição do rendimento nacional.”
“Pode José Sócrates anunciar que o PS é a força da mudança, mas a realidade nua e crua mostra que não há grelha de soluções políticas mais conservadora e mais imobilista que a matriz de soluções estereotipadas da política de direita que invariavelmente aplicam em todas as circunstâncias e em todas as conjunturas, com a única excepção da sua utilização “soft” nos anos eleitorais.”
“Aí os temos – a José Sócrates e ao PS – a simular uma viragem à esquerda em palavras e em promessas de futuro e a assumirem-se com uma “lata” imensa como os mais intrépidos combatentes contra a globalização neoliberal e contra o seu programa político que eles próprios apoiaram e vêm concretizando.”
“Resta-lhes por isso o recurso à mistificação, à propaganda ilusória, às operações de disfarce, aos recursos do Estado com o governo constituído em comissão eleitoral do PS, colocando os cargos públicos a reboque dos seus objectivos eleitorais.”
“Como temos vindo a afirmar pode dizer-se que na CDU reside a força que junta, que une e torna mais próxima a possibilidade duma ruptura com a política de direita, que não se limitou nem limita a dizer «Basta!», que tudo fará também dizendo “Sim, é possível uma vida melhor!”.
Trechos da intervenção de Jerónimo de Sousa no encerramento do Encontro Nacional do PCP sobre as Eleições de 2009.