Os representantes de 58 municípios – 47 do Alentejo e 11 do Ribatejo, que no actual quadro comunitário se juntam aos alentejanos – elegeram Silvino Sequeira (PS), presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, para integrar, como vogal executivo, o órgão de gestão no Alentejo do Quadro de Referência Estratégia Nacional (QREN), e Alfredo Barroso (independente), presidente da Câmara Municipal de Redondo, para exercer funções não executivas naquele órgão.
Os nomes dos autarcas terão agora de ser indicados pela ANMP, cujo conselho directivo reúne no dia 11, para nomeação formal pelo Governo. Silvino Sequeira, com a entrada em funções naquele órgão, terá de abandonar a Câmara Municipal de Rio Maior - para onde foi eleito pela primeira vez em 1985.
Aquele órgão de gestão do QRER será liderado por Maria Leal Monteiro, presidente da CCDRA, contando ainda com dois membros nomeados pelos ministérios do Ambiente e Ordenamento do Território e da Economia.
Que politiquices terão levado à escolha de um ribatejano de Rio Maior para representante executivo dos autarcas alentejanos (47 “contra” 11 ribatejanos) no órgão de gestão no Alentejo dos fundos comunitários do QRER?! É por esta (delegação de poderes) e por outras semelhantes que não conseguimos sair do marasmo em que nos encontramos. A culpa não é só dos outros…
Naturalmente que não estão em causa a competência e honorabilidade de Silvino Sequeira. O que está em causa é que a maioria dos autarcas alentejanos optou por um ribatejano para defender os interesses do Alentejo no novo quadro comunitário, em que se vão confrontar com os dos 11 municípios ribatejanos…
Ninguém assume publicamente a responsabilidade por este acto lesivo dos nossos interesses?