Wikileaks: a globalização da denúncia
O que mais surpreende nas revelações de documentos trazidos pela Wikileaks à opinião pública mundial é o volume. São milhares e milhares de documentos, de dados, de páginas, de diversas origens e proveniências. Depois, a sua qualidade que, sendo muito variável, é regra geral muito comprometedora para os envolvidos: sejam governos, embaixadas, serviços secretos, empresas. É a constatação de que há uma verdade "oficial e oficiosa" para consumo das opiniões públicas e outra, essa sim real, que transparece destes documentos: o cidadão comum é para ser enganado e não tem direito a qualquer tipo de informação correcta ou sequer completa. Os grandes estados e complexos militar-industriais - sobretudo, na actualidade, os Estados Unidos da América - (vê-se por estes documentos), não têm o mínimo pejo em enganar, ludibriar, esconder factos da opinião pública e das populações que dizem servir.
As revelações de hoje da Wikileaks vão nesse sentido. Muitas já eram conhecidas. Mas a dimensão do engano e da mentira colectivas é o que mais surpreende. Ver AQUI ou AQUI ou AQUI ou AQUI
Publicada por Carlos Júlio às 12:31, de ontem, no A Cinco Tons.