PCP lançou, na Festa do Avante, campanha “Portugal a produzir”
É necessário assegurar a ruptura com a política de desastre nacional que PS, PSD e CDS têm vindo a prosseguir ano após ano e afirmar uma política patriótica e de esquerda que relance o país na senda do progresso e do desenvolvimento. Uma política que aposte decisivamente na produção nacional, valorize os nossos recursos, apoie as pequenas e médias empresas e as suas actividades quer para o mercado externo, quer para o interno e tenha como objectivo o pleno emprego e o trabalho com direitos. Uma política que coloque no centro das suas prioridades uma mais justa repartição da riqueza, a valorização do trabalho, a protecção social dos portugueses na doença, no desemprego, na velhice e promova a justiça social. Aqui sim é que era preciso ter coragem e não a falsa coragem para atacar os trabalhadores. Uma política que enfrente com coragem os grandes grupos económicos, pondo fim ao chocante regime de mordomias e benesses fiscais existente e ao mesmo tempo combata a evasão fiscal, para apoiar e dinamizar o desenvolvimento económico geral do país e melhorar a vida dos portugueses.
Portugal em vez de produzir cada vez menos e se endividar cada vez mais, como está a acontecer, o que precisa é de produzir cada vez mais para dever cada vez menos. E porque este é o verdadeiro caminho para combater a crise, garantir a soberania do país e o bem-estar dos portugueses, o nosso Partido dará uma renovada centralidade na sua acção política nos próximos meses à concretização de uma campanha em defesa da produção nacional sob o lema – Portugal a produzir.
Esta é uma realidade que dá cada vez mais razão e actualidade ao que vimos afirmando e propondo, quando dizemos que Portugal precisa de uma nova política agrícola para o país e de uma nova Reforma Agrária nos campos do Sul. Uma Reforma Agrária que ponha fim à cultura do subsídio sem correspondência com a produção que alimenta o absentismo latifundiário e entregue a terra a quem a trabalhe, incluindo aos pequenos agricultores. Uma reforma que concretize a nossa proposta de criação de um Banco de Terras, no imediato para zona irrigada de influência do Alqueva e de forma crescentemente abrangente para toda a zona da grande propriedade latifundiária.
Ver aqui todo o discurso de Jeronimo de Sousa, na Festa do Avante.