Não se entende a demora do PCP em divulgar o candidato à PR
Ainda sem prazo definido para anunciar quem é o escolhido pela direção do PCP para avançar para as presidenciais - será entre Agosto e Outubro -, repetiu Jerónimo de Sousa -, os objetivos, no entanto, já estão traçados: a candidatura pretende "promover a confiança, o ânimo, a luta contra esta situação que vivemos". Será "uma candidatura que assuma os valores de Abril e um projeto que continue a estar consubstanciado na Constituição, defendendo-a e denunciando aquilo que está em curso", disse, referindo-se ao que disse ser "o objetivo da direita económica e da direita política não de rever ou melhorar o texto constitucional, mas da sua descaracterização, designadamente na justiça, forças de segurança, forças armadas e constituição laboral e económica" e que " travará a batalha em condições iguais com qualquer outro candidato. Aquilo que o comité central avaliou é dar força a essa candidatura para disputar no terreno, e com a perspetiva de ir a votos, com uma batalha que consideramos crucial".
Se assim é (mesmo que não fosse seria igual), não se percebe porque é que a direcção do PCP demora em anunciar o seu candidato, deixando todo o espaço de debate político para os outros candidatos, já assumidos – Fernando Nobre e Manuel Alegre – ou não – Cavaco Silva. Veja-se o que acontece todos os dias em que o actual PR se pronuncia sobre qualquer tema e logo a Comunicação Social vai ouvir os outros candidatos, ficando, como é natural, de fora o candidato do PCP, que ainda não foi anunciado.