Extremenhos homenagearam Barrancos
Durante a guerra civil espanhola (1936-1939), o povo de Barrancos ajudou e salvou da morte muitos republicanos perseguidos pelos fascistas de Franco. Oliva de la Frontera, em Badajoz, homenageou agora os barranquenhos com um monumento. Uma mão estendida sob um monte de pedras forma o monumento inaugurado na sexta-feira, 23, numa localidade espanhola em homenagem ao tenente Seixas e ao povo de Barrancos pela ajuda humanitária que prestaram a refugiados da guerra civil espanhola.
O monumento, algo que Oliva de la Frontera tinha «pendente», «vem preencher um vazio» e é uma questão de «justiça», frisou o presidente do município espanhol, Victor Morera Mainar, lembrando os «dias difíceis» dos refugiados estremenhos que «encontraram a ajuda e a protecção do tenente Seixas e dos barranquenhos». «Era de justiça que o povo de Oliva fizesse este reconhecimento e tivesse esta recordação dos vizinhos e amigos barranquenhos», disse o autarca, que falava na cerimónia de inauguração do monumento, idealizado por José Luís Férnandez e criado por António Borrallo, um jovem de Oliva de la Frontera licenciado em Belas Artes.
A homenagem de sexta-feira passada é a segunda prestada ao povo de Barrancos, que em Setembro do ano passado recebeu a Medalha da Extremadura, o galardão máximo desta região espanhola, como reconhecimento pela ajuda prestada aos refugiados extremenhos durante a guerra civil espanhola. A atribuição da Medalha da Extremadura, pela primeira vez a estrangeiros, traduziu a «homenagem» e o «reconhecimento» ao povo de Barrancos reclamada pelo município de Oliva de la Frontera e por várias associações daquela região espanhola.