“A Reforma Agrária não se destruiu, foi destruída”
Afirmou Carlos Pinto de Sá, economista e presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, em entrevista ao DN GENTE, acrescentando:
Mesmo no âmbito de uma economia de mercado, as UCP tinham possibilidade de competir porque o salto que promoveram foi impressionante. No regadio, na selecção das raças do gado, na contabilidade e nos efeitos das condições de vida sobre outros serviços na região, como a habitação e comércio.
Sim (as UCP eram viáveis) e podiam concorrer no mercado. Os dados oficiais mostram que todas as 550 UCP terminaram com lucro, e isto sem contarem com o apoio do Estado - principalmente na fase final - e acesso a fundos comunitários. Saiu a sorte grande a duas mil famílias de proprietários que receberam as terras quando entra em vigor a Política de Agrícola Comum, que paga para não se produzir e que arrecadam verbas muito significativas. Há alguns casos, mas muito pontuais, de proprietários que desenvolveram um projecto.
Se está interessado no tema pode também ler o Alentejo dos sem terra, crer que a terra deve ser para quem a trabalha e regresso à terra após Cunhal ocupar Cunhal.