O “calcanhar de Sócrates”
são os professores. Sempre que o Primeiro-Ministro ou a ministra da Educação se referem ao conflito que criaram e alimentaram contra os professores afundam-se mais.
Esta semana, o Primeiro-Ministro, na entrevista que deu à RTP, “travestido” pessoa moderada e atenciosa, resolveu “reconhecer” que talvez o governo devesse ter usado mais delicadeza no tratamento daquele conflito. No dia seguinte, a ministra da Educação veio “reconhecer” que talvez tenha falhado na comunicação com os professores. Quanto ao facto das medidas que impuseram poderem ser erradas ainda não foram capazes de reconhecer.
Ou seja, para eles os professores sofrem de menoridade mental, porque não foram capazes de compreender a bondade das medidas impostas pelo governo. Se este tivesse tratado os professores com mais delicadeza e explicado melhor as medidas que impôs o conflito não teria atingido a dimensão que alcançou.
Quantos professores terão ficado satisfeitos com tais argumentos? E quantos terão ficado ainda mais zangados do que já estavam com o governo, com José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues?