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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Exposição de “Obras de Arte Contemporânea do Estado” inaugurada pelo ministro da Cultura

Zé LG, 16.03.24

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Foi hoje inaugurada, com a presença do Ministro da Cultura, a exposição “MICROPOLÍTICAS: Obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado”, que estará patente no Centro de Artes e Arqueologia de Beja até 27 de julho, no âmbito das comemorações do 25 de abril. Trata,se de uma exposição com 30 obras de 28 artistas da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, que abordam questões como identidade, género, política, trabalho e colonialismo. Daqui, daqui e daqui.

“portugueses quiseram uma mudança de liderança política, mas também uma mudança nas políticas”

Zé LG, 15.03.24

431542451_10229952748536401_8998700160665149586_n.jpg«A AD liderada por Luís Montenegro só combaterá o populismo com políticas públicas certeiras que respondam às reais necessidades dos portugueses.
A AD só não deixará a esquerda liderar o País nos próximos anos, fazendo muito melhor que o PS fez.
Os portugueses não querem continuar a esperar por um País adiado. Querem respostas emergentes e eficazes para os seus anseios e problemas. Os portugueses esperam soluções na área da saúde, educação, habitação, justiça, etc, etc.» António Costa da Silva, daqui.

“a mudança para a direita é estrutural”?

Zé LG, 15.03.24

img_828x523$2024_02_27_17_19_34_357323.jpg«... o PS tem dois tipos de votantes, um mais ideológico e que vota sempre, quer seja bom ou mau, e outro oscilante que vota com base no contexto atual. Nos últimos anos a direita não tem apresentado soluções credíveis para o país e por isso os "oscilantes" votavam PS, dando vitórias ao PS. Na atualidade, tendo em conta que estamos a executar um dos maiores pacotes de apoio de sempre (PRR), que o crescimento que o país apresenta assenta em cativações e aumento de impostos e que na direita apareceu alguém do tipo Sebastianista, os oscilantes decidiram mudar e arriscar um voto diferente. Outra situação que contribui para a diminuição da percentagem de votos no PS é a diminuição da abstenção. Muitos jovens que não votavam decidiram votar em alguém que lhes apresenta uma proposta de futuro, coisa que o PS também faz à 8 anos mas falta em cumprir. Penso que a mudança para a extrema direita, quer no país quer no Baixo Alentejo não é estrutural, mas a mudança para a direita sim. Quando vamos por um qualquer caminho temos sempre curvas para a esquerda e para a direita, mais ou menos apertadas, agora foi para a direita e apertada, respondendo talvez à curva de 2015, para a esquerda e apertada também.» Paulo Silva, 14.03.2024, aqui.

"Agora, quem se desculpará?"

Zé LG, 14.03.24

JB.png«É irónico que um resultado eleitoral consolidado pela insatisfação e pela contestação, esvazie com a eleição dos deputados do CHEGA e da AD a própria contestação!
Passo a explicar: obtendo a confiança dos eleitores os deputados não podem continuar a explorar a contestação, nem a ligeireza das palavras com que na campanha eleitoral assumiram compromissos e defenderam a resolução imediata dos projectos estruturantes da região!
Podem tê-lo feito na expectativa de não serem eleitos ou de empurrar com a barriga para uma gestão posterior de expectativas populares!
Mas não o podem fazer porque o governo do PS deixa prontos projectos, cabimentação financeira e em muitos casos obras em curso!» Jorge Barnabé, aqui.

Até sempre José Luís Jones!

Zé LG, 05.03.24

431259767_936294838498710_7017484241587685502_n.jpgJosé Luís Matias Jones, de 65 anos, morreu no dia 3, vítima de doença grave e prolongada. O funeral realizou-se ontem, para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
O Jones era um profissional multifacetado, um entusiasta do cante e dos toques da viola campaniça, tendo trabalhado largos anos no Campo Branco, onde foi responsável pela coordenação da gravação de alguns dos discos do Grupo "os Ganhões" de Castro Verde, para além de muitos outros trabalhos em diversas áreas da cultura e da informação.
Conheci-o há muitos anos através de amigos comuns e privei com ele também em termos profissionais como autarca e na Ovibeja. O Jones era um homem bom, generoso, disponível, bem disposto, amigo e bom companheiro.
A toda a família apresento os meus sentidos pêsames.

Toda a Esquerda, Melhor Esquerda

Zé LG, 05.03.24

esquerdanovo-1-671x377_c.jpgMuitos portugueses, tal como os subscritores deste Apelo, desejam que as eleições de 10 de Março tenham como resultado a constituição de uma Assembleia da República maioritariamente de esquerda, e que os partidos que dela se reclamam, ou que com ela colaboram reiteradamente em soluções progressistas, saibam encontrar o caminho certo que leve à formação de um governo que encontre as soluções políticas e sociais que respondam aos anseios por condições de vida com mais dignidade.
Se, apesar da precária situação deixada pela direita, em 2015, foi possível, mesmo assim, recuperar parte da destruição que tinha sido levada a cabo pelo governo do PSD/CDS, nas actuais condições, em que algum desafogo foi conseguido, é possível ir mais longe, nomeadamente em termos de valorização salarial e de reforço efetivo dos serviços públicos. Urge também resolver os problemas da habitação, limitar os privilégios fiscais dados aos estrangeiros e aumentar significativamente o peso dos salários, face aos rendimentos de capital, no PIB.

 

 

"A origem das desigualdades"

Zé LG, 03.03.24

Sem nome (28).pngPara o economista-estrela, autor de O Capital no Século XXI, as desigualdades nascem mais de fatores socioeconómicos do que de fatores naturais, dos quais os recursos geográficos são exemplo. “O exemplo da Suécia, considerado um dos países mais igualitários do mundo, é interessante a este respeito. Alguns atribuem este facto às características intemporais do país, a uma cultura que é por natureza asepta da igualdade. Porém, na realidade, a Suécia foi durante muito tempo um dos países mais desiguais da Europa, com uma impressionante sofistificação na organização da sua desigualdade. Esta situação transformou-se muito rapidamente no segundo terço do século XX, em resultado de uma mobilização política e social, com a chegada ao poder do partido social-democrata, no início da década de 1930. Este partido social-democrata, que governou durante meio século, colocou a capacidade estatal da Suécia ao serviço de um projeto político completamente diferenteda ordem anteriormente vigente. A Suécia representa, neste contexto, um caso interessante que mata pela raiz a crença em qualquer determinismo a longo prazo, decorrente de fatores naturais ou mesmo culturais,responsável pelo facto de algumas sociedades serem eternamente igualitárias, ao contrário de outras, eternamente desiguais, como a Índia, por exemplo. As construções sociais e políticas estão sujeitas a mudanças, e por vezes de forma muito mais célere do que supõem os observadores contemporâneos – nomeadamente os vencedores do sistema, os grupos dominantes que, por razões óbvias,tendem a normalizar as desigualdades, apresentando-as como imutáveis e alertando contra qualquer mudança que possa ameaçar esta confortável harmonia. A realidade é bastante mais dinâmica e encontra-se em permanente reconstruçlão: é o resultado de relações de poder, compromissos institucionais e bifurcações inacabadas.”               Do novo livro de Thomas Piketty, de que a VISÃO pré-publicou dois capítulos, aqui.

Hoje, foi o último dia da minha vida profissional

Zé LG, 29.02.24

IMG_20240229_181916_1.jpgHoje pus fim a uma vida profissional que durou meio século. Amanhã é um começo. Com menos responsabilidades, sem pressões, sem ter de prestar contas a outros que não aos meus e com tempo para fazer o que me der na real gana e os meus mais próximos permitam. Mais uma etapa a que espero adaptar-me, como aconteceu com as anteriores. Um novo desafio que vai obrigar a adaptações, nem sempre fáceis.

Até sempre Florival Baiôa!

Zé LG, 13.02.24

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Florival Baiôa Monteiro, de 73 anos, natural de Beja, morreu, na sua casa, vítima de doença prolongada. O funeral sai amanhã, às 10h45, da Casa Mortuária de Beja para o Cemitério da Quinta do Conde, onde será cremado.
Embora esperada, foi com profunda tristeza que recebi a notícia da sua morte. Um velho e bom amigo, com quem partilhei causas comuns, sempre irrequieto, com boa disposição e amigo do convívio com os amigos. 
Florival Baiôa marcou a vida de Beja nas últimas décadas: como professor marcou gerações de alunos que o admiravam e estimavam; como investigador e divulgador da história local, designadamente da azulejaria, da doçaria e das tradições; como dinamizador e agregador dos bejenses para causas importantes, quer através da Associação para a Defesa do Património da Região de Beja quer do movimento Beja Merece. Amava como poucos a sua / nossa Cidade e pôs a sua irreverênvia, o seu desassossego e o seu dinamismo ao seu serviço, em defesa das causas mais importantes contra a estagnação, o isolamento e o esquecimento de que tem sido vítima, nunca se acomodando a essa “fatalidade”. Foi assim até ao fim. Beja fica a dever-lhe muito. Ficámos todos, os que alguma vez com ele privámos, mais pobres.
A toda a família apresento os meus sentidos pêsames.