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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

"A origem das desigualdades"

Zé LG, 03.03.24

Sem nome (28).pngPara o economista-estrela, autor de O Capital no Século XXI, as desigualdades nascem mais de fatores socioeconómicos do que de fatores naturais, dos quais os recursos geográficos são exemplo. “O exemplo da Suécia, considerado um dos países mais igualitários do mundo, é interessante a este respeito. Alguns atribuem este facto às características intemporais do país, a uma cultura que é por natureza asepta da igualdade. Porém, na realidade, a Suécia foi durante muito tempo um dos países mais desiguais da Europa, com uma impressionante sofistificação na organização da sua desigualdade. Esta situação transformou-se muito rapidamente no segundo terço do século XX, em resultado de uma mobilização política e social, com a chegada ao poder do partido social-democrata, no início da década de 1930. Este partido social-democrata, que governou durante meio século, colocou a capacidade estatal da Suécia ao serviço de um projeto político completamente diferenteda ordem anteriormente vigente. A Suécia representa, neste contexto, um caso interessante que mata pela raiz a crença em qualquer determinismo a longo prazo, decorrente de fatores naturais ou mesmo culturais,responsável pelo facto de algumas sociedades serem eternamente igualitárias, ao contrário de outras, eternamente desiguais, como a Índia, por exemplo. As construções sociais e políticas estão sujeitas a mudanças, e por vezes de forma muito mais célere do que supõem os observadores contemporâneos – nomeadamente os vencedores do sistema, os grupos dominantes que, por razões óbvias,tendem a normalizar as desigualdades, apresentando-as como imutáveis e alertando contra qualquer mudança que possa ameaçar esta confortável harmonia. A realidade é bastante mais dinâmica e encontra-se em permanente reconstruçlão: é o resultado de relações de poder, compromissos institucionais e bifurcações inacabadas.”               Do novo livro de Thomas Piketty, de que a VISÃO pré-publicou dois capítulos, aqui.

“Mal sabia esse jovem que, dois meses depois, tudo iria mudar: a Revolução.”

Zé LG, 10.02.24

175341301_5332585400150219_6127023112928031226_n.jpg«Entretanto, num espaço que comecei a frequentar em novembro desse ano (1973) – o Centro de Juventude -, lia o Diário de Lisboa, jornal oposicionista.
Um dia, em Outubro ou Novembro, entrei timidamente na redação do Diário do Alentejo, instalada na Praça da República, no mesmo prédio da livraria e da gráfica que o imprimia. Lá estavam o José Moedas e o Manuel Sousa Tavares, cujos escritos eu admirava. E, ao fundo, o diretor, Melo Garrido, a quem me dirigi, falando-lhe do meu gosto pelos jornais, da intenção de ser jornalista e de como gostaria de ver publicado no Diário do Alentejo algo da minha autoria. Disse-me, então, para lhe enviar um texto, para ele analisar e decidir sobre a sua publicação. Assim fiz e, no dia 23 de Dezembro desse ano, era publicado um conto com o título “A Moda”, de que retiro estas citações: “ Sorte malvada, dizia ele. Até já lhe morrera um moço na tropa e agora já lá estava outro (…) Não queria trabalhar. Os ricos que o fizessem. Nele, já ninguém punha as mãos em cima. “
... nestas duas frases de um jovem de 15 anos, estava, afinal, a forma como iria encarar o futuro, fruto das vivências e das circunstâncias, em parte (pequena) aqui relatadas: a aldeia, a escola, os livros e os jornais. Mal sabia esse jovem que, dois meses depois, tudo iria mudar: a Revolução.» José Filipe Murteira, aqui.

“A Dança da Lua – fotografias para Urbano Tavares Rodrigues”

Zé LG, 28.01.24

202401261011103827.PNG… assim se intitula uma exposição fotográfica da autoria de Sérgio Jacques que evoca a obra de Urbano Tavares Rodriguesque, está patente ao público na Galeria do Espírito Santo, na cidade de Moura, até 24 de fevereiro, de terça-feira a domingo, das 09.00 às 12.30 e das 14.00 às 17.30 horas.

Centro de Interpretação José Luís Peixoto inaugurado em Galveias

Zé LG, 21.01.24

PEIXOTO-3.pngA Junta de Freguesia de Galveias vai inaugurar, este domingo, às 10:30, o Centro de Interpretação José Luís Peixoto, em homenagem ao escritor e embaixador daquela freguesia do concelho de Ponte de Sor.
Paralelamente será ainda inaugurada a Rota Literária “Galveias”, produzida a partir do romance com o mesmo nome, obras que dão corpo à vontade dos Galveenses em homenagear o escritor José Luís Peixoto.

“INFINITO [isto não é um livro]”, de Teresa Revez, conquistou o selo LeR+

Zé LG, 16.12.23

TERESA-Infinito_800x800.jpg“INFINITO [isto não é um livro]”, de Teresa Revez, conquistou o selo LeR+ e integra agora a lista de livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura.

O livro relembra a importância dos momentos de leitura entre pais e filhos e nasce da vontade de Teresa, mãe do Manel e do Zé, deixar um presente aos filhos, a quem chama para “cocriar” esta obra original que foi agora reconhecida pela equipa de especialistas independentes, de reconhecido mérito e qualificação nas diferentes áreas do saber que pertencem ao PNL2027 – programa do governo português que visa promover a leitura e o desenvolvimento das competências de literacia da população.

O reconhecimento desta edição de autor, revista por Cristina Taquelim, que se afirma como testemunho do papel das vivências artísticas e da criatividade no desenvolvimento das crianças é simbólica para esta família que acredita no poder infinito da expressão “nada te impede”.