Do campo para a estrada
Com cartazes a alertar para que "o nosso fim é a vossa fome" os agricultores de Portugal, à semelhança do que tem acontecido noutros países europeus, deixaram as suas terras e, montados em tractores e outros veículos, ocuparam estradas, incluindo auto-estradas, condicionaram as fronteiras e invadiram cidades.
Esta acção de protesto, convocada por um auto-denominado Movimento Civil de Agricultores, para além das reivindicações comuns a todos e específicas de cada região, entre outras leituras que podemos fazer, tem uma que o governo (e a CE) e os partidos não podem ignorar: só um grande sentimento de injustiça e um enorme descontentamento transversais a todos os homens da terra (independentemente de muitas diferenças, algumas quase antagónicas) poderiam provocar tamanha revolta.