Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

CDU defende mais apoios à agricultura e condena "ditadura da distribuição"

Zé LG, 04.03.24

pr (2).png"Que se invista na agricultura e nos agricultores e não no agronegócio. Que se acabe com o escândalo do apoio da PAC, canalizado para as mãos de grandes agrários, esses 7% que ficam com 70% de todos os apoios que vêm da União Europeia, ao mesmo tempo que aos restantes agricultores sobra a diminuição do rendimento. Ao mesmo tempo que Jerónimo Martins e Sonae acumularam mil milhões de euros de lucro", afirmou Paulo Raimundo, em Santarém, frisando que "O país, a agricultura, os agricultores e cada um de nós não tem futuro enquanto não se enfrentar com coragem essa autêntica ditadura da grande distribuição, essa autêntica ditadura que esmaga os pequenos agricultores, esmaga a produção, esmaga cada um de nós cada vez que temos de ir ao supermercado. Sem enfrentar isto de frente não há alternativa no nosso país, não há alternativa para a agricultura".

 

População de Trigaches previne contra a instalação de culturas intensivas

Zé LG, 26.02.24

olival-intensivo_800x800.jpgA população de Trigaches, num documento remetido aos presidentes da Assembleia e Junta de Freguesia e Assembleia e Câmara Municipal, afirma que “está confrontada com os rumores da instalação de uma cultura intensiva ou mesmo super-intensiva às suas portas”, pelo que exige que “ao abrigo do PDM da Câmara de Beja, sejam desde já tomadas todas as medidas que impeçam a instalação de culturas intensivas e super intensivas nos limites de segurança de Trigaches e S. Brissos, sejam reforçados os mecanismos de prevenção que garantam a tranquilidade e a segurança das populações face às crescentes ameaças de proliferação deste tipo de culturas e que sejam tomadas iniciativas concretas junto de todas as entidades convenientes, ao nível local, regional e nacional, no sentido de criar e fazer cumprir um quadro legal que proteja as populações e propicie o desenvolvimento sustentável da agricultura e a nossa soberania alimentar”.

“É preciso definir políticas estratégicas e investimento de médio/longo prazo”

Zé LG, 22.02.24

RG.png"… Agricultores e governantes devem integrar os fenómenos das alterações climáticas no modo de planear e de trabalhar. É preciso encontrar as soluções necessárias para tirar o melhor proveito das nossas produções agrícolas, pecuárias e florestais. Sendo que os agricultores são a classe profissional que mais exposta está às alterações climáticas porque trabalha a céu aberto, e o que produz, seja animal ou vegetal, está dependente do clima.
Não podemos fingir que os períodos cada vez mais prolongados de seca são um fenómeno passageiro e ocasional. Também não podemos cruzar os braços de cada vez que há uma enxurrada - daqueles fenómenos extremos – quando vemos essa água sumir-se no mar, sem ser represada. ... É tempo de agir. De colocar em prática as soluções necessárias para conferir normalidade à vida no campo em contexto das alterações climáticas.” Rui Garrido, aqui.

A revolta dos homens da terra

Zé LG, 14.02.24

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgNo primeiro dia deste mês, os homens da terra suspenderam as suas actividades nos campos, montaram-se nos tratores e, com máquinas e alfaias agrícolas, cortaram estradas e fronteiras por todo o país, mostrando os seus descontentamentos e protestando contra o que está a dificultar as suas actividades e reclamando tudo o que consideram necessário para continuarem a produzir o que comemos.
A gota de água que fez transbordar o copo cheio de descontentamentos foi o anúncio de cortes nos apoios contratualizados das medidas agro-ambientais. Mas o descontentamento era de tal dimensão que, perante a passividade das suas organizações representativas, os homens da terra reagiram em massa ao apelo feito, através das redes sociais, por um auto-denominado Movimento Cívico de Agricultores de Portugal, e manifestaram-se por todo o país.

 

“Só conseguimos aquilo que nos era devido”, afirma o MCABA

Zé LG, 09.02.24

Agricultores-Moura-1-reuniao_800x800.jpgContrastando com uma rápida saída do Edifício da Câmara Municipal de Moura por parte da ministra da Agricultura e uma lacónica frase de que a reunião com os agricultores “correu muito bem. Foi muito proveitosa”, os homens da terra do Baixo Alentejo estavam visivelmente muito satisfeitos justificando que as pretensões iriam ter cumprimento “com garantias que foram dadas pelo Primeiro-ministro, com o aval da ministra”, justificou António João Veríssimo, o porta-voz do agora assumido Movimento Cívico de Agricultores do Baixo Alentejo (MCABA), embora prevenindo que “não vamos jogar foguetes porque nada de isto é novo. Só conseguimos aquilo que nos era devido. Tivemos ao nosso lado toda a sociedade civil que percebeu a nossa justa luta”.
Esclareceu ainda que “Não estamos contra a CAP, a Confagri ou outras associações, eles é que têm que estar ao nosso lado. Eles existem por nossa causa. Afinal com o nosso grito, conseguimos ser ouvidos”, deixando a garantia que o movimento não quer assumir o lugar de ninguém. Daqui e daqui.

Ministra da Agricultura recebe agricultores, com manifestação à porta

Zé LG, 09.02.24

VILA-VERDE-FICALHO-Segundo-dia-protesto-2_800x800.jpgA ministra da Agricultura recebe hoje, às14h30, um grupo de agricultores representativo das várias regiões do país. Os agricultores estão a usar as redes sociais para mobilizar um protesto em frente ao ministério, no Terreiro do Paço. “Só com manifestações de força se consegue a atenção do poder”, disse António Almodôvar que liderou o movimento de agricultores que cortou a EN260, na fronteira de Vila Verde de Ficalho.

Os agricultores exigem medidas, como apoios à seca para os que não beneficiam do regadio alimentado pelo Alqueva, ou seja, 90% do Alentejo. Mas, “muitas medidas não têm a ver com dinheiro, mas com estratégica”. António Almodôvar chama a atenção para o problema dos agricultores não ter a ver apenas com o Governo, mas com o monopólio da Jerónimo Martins e da Sonae cujos supermercados têm 70% da quota de mercado, e alerta os consumidores para a sua segurança alimentar, porque os produtos importados da América do Sul, de África ou da Ásia não são produzidas com as mesmas regras.

Governo aprovou apoios de mais de 320 milhões de euros para a agricultura

Zé LG, 08.02.24

IMG_20231203_160952.jpgO Governo aprovou, esta quinta-feira, uma resolução que institui apoios no montante de 320 milhões de euros para o setor agrícola, “destinado a atenuar os efeitos suportados pelo setor em consequência da situação da seca e da inflação dos custos de produção”.

A maior parte das medidas que integra o pacote de apoio entra em vigor ainda este mês, com exceção das que estão dependentes de ‘luz verde’ de Bruxelas. A linha de crédito de apoio à tesouraria, no montante de 50 milhões de euros, outra das medidas que foram anunciadas pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, está disponível para todos os agricultores “de imediato”.

Luta dos agricultores prossegue em Trás-os-Montes e ministra reúne com MIC em Moura

Zé LG, 08.02.24

Sem nome (13).pngDesde as primeiras horas da manhã, dezenas de máquinas agrícolas estão a concentrar-se em Macedo de Cavaleiros, onde pelas 08:00 já estavam concentrados cerca de 300 agricultores. Outro protesto decorria em Vila Flor.

A Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, reúne-se, hoje, a partir das 19 horas, em Moura, com o Movimento Civil de Agricultores de Portugal no Baixo Alentejo, que, na semana passada, cortaram a EN260, perto de Vila Verde de Ficalho, e só desmobilizaram depois de receberem a garantia que iriam receber os apoios que tinham sido retirados e ouvidos pela ministra.

O preço a pagar pela integração europeia

Zé LG, 05.02.24

202401311604596765.PNG«A questão das subvenções na agricultura, como em outros sectores empresariais, tem mais que ver com uma política agrícola europeia errática, perversa e perniciosa a todos os níveis do que a preocupação com o consumidor final! O preço a pagar pela integração europeia, dos países mais pobres, constituiu desde o primeiro momento, a principal razão para hoje termos uma agricultura subsidio-dependente, com pouca expressão na balança das exportações, e que nos tornou dependentes de importação da maioria dos produtos, dos países que estabeleceram a PAC a seu belo prazer, numa lógica meramente mercantilista! Basicamente, se hoje produzimos aquilo que os alemães e os franceses nos permitem, em troca de apoios financeiros, deve-se sobretudo à nossa subserviência em nome do PIB nacional! E não haverá políticas agrícolas nacionais que nos valham (e por inerência, ministro da agricultura que possa fazer muito mais) do que abrir as mãos para pedir mais dinheiros para apoiar os nosso agricultores! Dinheiro que tem um preço alto para todos nós!» Anónimo, 04.02.2024, aqui.

""esta não é a minha UE". Que vivam os agricultores!"

Zé LG, 02.02.24

327612919_564870045533111_1095415161556169125_n.jpg«Enquanto não convencem os europeus todos a ser vegetarianos - como se o consumo de proteína animal não fosse essencial ao cérebro - e martelam que comer animais faz mal à saúde e à alma, fazem dos europeus a carnificina dos lucros, a UE/corporações económicas, aqui pilotados pela líder de direita alemã e ultraliberal Ursula, decretam que os produtos da Ucrânia entram sem taxas, diminuem as do Mercosul (Brasil e Argentina), e fazem entrar produtos sem garantias e controlo sanitário assegurado do Norte de África, enquanto aqui exigem aos agricultores controles burocráticos insustentáveis e kafkianos. Ah! Claro, tudo isto em nome da "transição verde", "ecologia" e "sustentabilidade", as palavras que Ursula, enquanto desembolsa 50 mil milhões de euros dos nossos imposto para armamento à Ucrânia - destruída - usa mais, mais guerra mas sempre chamando-lhe sustentabilidade e democracia. …
É o estado da UE, ou como diziam os agricultores belgas, quando deixaram estrume na capital Bruxelas, "esta não é a minha UE". Que vivam os agricultores!» Raquel Varela, aqui.