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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

O TRABALHO DEVE SER VALORIZADO, OS TRABALHADORES DEVEM SER RESPEITADOS

Zé LG, 17.03.15

Assistimos nos últimos anos a uma ofensiva político-ideológica contra os trabalhadores e os direitos sociais.
O governo aumentou a jornada de trabalho, reduziu os dias de descanso e os salários, aumentou os impostos, facilitou os despedimentos, tudo com o argumento de que era necessário aumentar a produtividade do trabalho e a competitividade das empresas.
Muitos empresários e outros empregadores, não satisfeitos com esses ataques políticos e legislativos, têm feito tábua rasa dos direitos assim diminuídos, não pagando trabalho extraordinário e outras regalias que ainda restam na legislação nem respeitando outros direitos como o de sindicalização ou o da greve, liberdades como a de expressão ou de reunião.
Muitos consideram que o emprego não passa de um favor que fazem aos trabalhadores que mantêm ou contratam e agem em conformidade com esse entendimento, revelando uma total falta de respeito pelos trabalhadores e pelo trabalho, que dizem ser fundamental para o desenvolvimento das suas empresas e do país. Atribuem todas as responsabilidades pela crise e por todas as dificuldades aos trabalhadores, que para eles não passam de uns malandros que não querem trabalhar nem se interessam pela entidade empregadora e só pensam no salário, em regalias e em descanso, como se a eles não tivessem direito. Nao param um momento para se auto-avaliar ou para avaliar a pretação dos seus gestores. E mesmo as empresas e outras organizações que têm uma boa situação económico-financeira agem desta forma, não considerando a hipótese de afrouxar esse garrote nem de actualizar os ordenados, por mais possibilidades que tenham de o fazer.
Para este governo e para estes empresários o ideal seria voltar aos tempos da escravidão.
Não avaliam nem demonstram que, com essas medidas contra os trabalhadores, os objectivos apontados de aumentar a produtividade do trabalho e a competitividade das empresas tenham sido atingidos, mas insistem nas mesmas políticas e práticas.  Nem se preocupam em avaliar as consequências nefastas que tais medidas têm provocado nas famílias nem nesse problema maior e pouco valorizado que é o da quebra da natalidade.
E não deixa de ser curioso que muitos dos que assim agem se digam sociais-democratas ou democratas-cristãos como se a social-democracia ou a doutrina social da igreja defendessem a exploração desenfreada dos trabalhadores…

Assim, não é de admirar que os desequilíbrios entre a remuneração do capital e do trabalho e entre ricos e pobres se tenham vindo a acentuar e que o país se continue a afundar.

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