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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

IP8 OU TRAVÃO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL?

Zé LG, 26.07.17

20265098_1844398655587384_4447702591939927749_n.jpVamos encolher os ombros?

Escreve Bruno Ferreira:

Em 2013 a Estradas de Portugal anunciou que a A26, entre Sines-Beja (inicialmente prevista até à fronteira com Espanha), era um “equívoco técnico”, e que os 35 milhões gastos até então, não eram significativos (?!?), e que parando as obras ainda se conseguiam poupar 60 milhões. Pelas contas do governo ficamos a saber que esta importante Auto-estrada A26 (apenas até Beja) custaria 95 milhões de euros – cerca de metade já gastos – entre outros, com expropriações (com validade de 15 anos, faltando 5 para expirarem e regressem aos seus antigos proprietários sem estes terem de indemnizar o Estado); com o abate de montado e de espécies protegidas; com material que apodrece nas bermas do IP8.

O concelho de Beja, há 10 anos exportava apenas 875 mil euros, mas depois de apostar fortemente nos sectores agrícola, agro-industrial e agro-alimentar, potenciando o investimento de Alqueva, exporta hoje mais de 113 milhões, concorrendo de sobremaneira para a competitividade do Alentejo e do todo nacional. Mas… onde está a retribuição do Estado para com este concelho? Estas condições rodoviárias conferem competitividade à economia regional? E à nacional? São seguras? Quantas pessoas ali perderam a vida? Quantos ficaram feridos? São cómodas e confortáveis? Que prejuízos provocam nos veículos? Quanto tempo faz perder no transporte de mercadorias? E para as necessidades das pessoas? Como podemos pensar no Aeroporto de Beja sem uma estrada, sequer, digna desse nome?

 

Porque gosto de saber do que falo – e porque tenho falado muito – decidi percorrer os pouco mais de 50 km que separam Beja, a capital do Baixo Alentejo, da A2, auto-estrada que a liga à capital do País, 120 km a norte, e Algarve, outros tantos a sul. Tirei dezenas de fotografias para que se tornasse evidente o estado calamitoso em que se encontra o IP8. E sim, ironicamente IP quer dizer Itinerário Principal.

Fiz as contas a essas 5 dezenas de km, invariavelmente em muito mau estado, quer de piso, bermas, ou de saídas para outros acessos, e contei bem mais de uma centena de sinais de perigo; obras; limitação de velocidade; vias estreitas; passagem de animais selvagens ou sem condutor; semáforos; rotundas; lombas deformadas; passagens de peões; obstáculos na via; atravessamento de várias localidades, uma ponte de apenas uma via, e centenas de pesados em ambos os sentidos. Desta forma, e na ligação mais rápida entre Beja e Lisboa, existe um sinal de perigo, proibição ou informação de anomalias na estrada a menos de cada 500 metros:

Localidades atravessadas com Controlo de Velocidade – 3
Semáforos com Velocidade Controlada – 10
Limite de 70 Km/ hora – 15
Limite de 50 km/hora – 16 (com brinde da GNR escondida e radar móvel)
Limite de 40 Km/hora – 1
Limite de 30 Km/hora – 1
Rotundas – 2
Lombas Deformadas – 2
Bermas Baixas – 5
Passagem de Peões – 1
Animais sem condutor na Via – 5
Animais Selvagens que podem atravessar a Via – 5
Entrada e saída de Pesados – 3
Obras ou Obstáculos na Via – 3
Passagem estreita – 3
Obras na Estrada – 3
Perigos Vários – 9
Proibição de Ultrapassar, curvas e contra curvas perigosas – dezenas

Veículos longos e camiões de grande tonelagem – dezenas

VAMOS DEIXAR ISTO FICAR ASSIM?
ENCOLHER OS OMBROS?
CERTAMENTE QUE NÃO!

Copiado DAQUI.

 

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