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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“As pontes e o reservatório”

Zé LG, 23.05.16

Este o título de uma artigo de opinião do Eng.º Joaquim Carrusca, que termina assim (no que se refere ao reservatório):

«Por associação de ideias e tendo em conta as devidas proporções, lembro a discussão que algumas pessoas em Beja mantêm, quanto ao destino a dar ao reservatório elevado que, durante cerca de 75 anos, fez parte do perfil da cidade. É este o motivo por que algumas pessoas defendem que o reservatório seja poupado.
Este reservatório foi construído para substituir, com notória melhoria de funcionalidade, o primitivo que era – pasme-se! – uma cuba metálica colocada sobre a totalidade do terraço de cobertura da igreja da Misericórdia, hoje monumento nacional. Esta agressão ao monumento obrigara a que o brutal aumento dos impulsos dos arcos fosse absorvido por tirantes de ferro que roubaram à estrutura toda a pureza arquitetónica do estilo dela. As coisas compuseram-se quando o reservatório elevado de betão armado foi construído. Este atingiu o tempo de vida que a literatura da especialidade atribui como fronteira económica para estruturas deste tipo: 75 anos.
Enquanto não houvesse solução alternativa, o reservatório teria de se manter e ponto final. Mas consta que não funciona há uma dúzia de anos. Vejamos que nem vale a pena discutir sobre o interesse que poderá ter a conservação museológica de uma estrutura, apesar de a mesma ter marcado, durante o curto período de 75 anos, o perfil da vetusta cidade de Beja.
Beja, que tanta importância teve no período romano, sofreu, ao longo de séculos posteriores, depredações, roubos e destruições do seu património. Agora que se põem a descoberto testemunhos importantes da antiga grandeza, entre os quais avultam os estilóbatos (bases) de dois grandes templos romanos do fórum de Pax Julia e parte de uma enorme basílica, há todo o interesse em dar a máxima expressão aos testemunhos e ao seu envolvimento.
O já inoperante reservatório está lá a empatar as coisas e a desvalorizar a riqueza cultural dos achados. Já foi útil: serviu para garantir carga (pressão) e a regularização de caudais na zona alta da cidade. Agora, ao contrário das duas referidas pontes, está no sítio errado. Sou pois dos que opinam que deve ir abaixo.»

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