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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

MILAGRE NO ALENTEJO! A ‘Padeira de Aljubarrota’ ressuscitou na pessoa da imaculada ministra da agricultura

Zé LG, 06.05.12

Jornais, rádios, televisões e outras tecnologias de comunicação foram mobilizadas para dar a boa nova aos portugueses.

A nova ‘Padeira de Aljubarrota’ investe agora, não contra castelhanos, mas em terra de sarracenos - o Alentejo!

Está a organizar um banco de terras e vai entregar a terra a quem a arrendar!

Ela e os seus boys e girls do ministério da agricultura e do CDS já conseguiram descobrir - pasme-se - 600 hectares de terra não cultivada.

Terra que, em tempos, tiraram ilegalmente e pela violência às cooperativas e aos trabalhadores que as tinham a produzir, terras que foram da Reforma Agrária, ali para os lados de Aguiar (Viana do Alentejo).

Então, a rutilante ministra, sem perda de oportunidade, mandou os economistas do ministério fazer contas, dividiram os 600 hectares por seis, e contentes ficaram ao concluirem, depois de enorme trabalheira, que tinham entre mãos nada mais nada menos do que seis parcelas, de 100 hectares cada uma. O acontecido foi divulgado aos quatro ventos.

E, um dia, apresentou-se num descampado, com a televisão atrás.

E deu de novo, aos quatro ventos, a notícia do êxito do seu banco de terras de seis lotes: tinham aparecido três agricultores interessados em três dos lotes!!!

É claro que os padres das aldeias, e mesmo alguns bispos e cardeias, ladeados por antigos latifundiários e admiradores de Salazar, perante tão inusitado acontecimento, apressaram-se a divulgar, entre os escassos e muito idosos fiéis, o milagre acontecido no Alentejo no ano da graça de 2012.

Já só com amarga ironia é possível suportar o mal que esta gente nos está a fazer e a continuação da farsa que destruiu a Reforma Agrária e a agricultura portuguesa.

Esta padeirazinha azougada não se aperceberá do ridículo do seu comportamento? Não se aperceberá de que a sua política agrícola e do seu governo não é outra senão a continuação da política agrícola de Cavaco e Silva a Capoulas Santos?

Parte de o texto de António Murteira, Engenheiro Técnico Agrário e Autor, recebido por e-mail do próprio.

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