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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Diário do Alentejo

Zé LG, 21.12.05
O Diário do Alentejo deve ser uma voz regionalista isenta.

O facto de ser propriedade de uma associação de municípios em nada deve afectar essas características, uma vez que os municípios devem defender os interesses da região e, porque os seus órgãos são eleitos pelas populações, devem respeitá-las.

Não deve, por isso, ser correia de transmissão ou órgão oficioso de propaganda de qualquer das forças políticas, mesmo que maioritária, e, muito menos, de uma parte dela.
A história mostra-nos que foram cometidos erros que não devem ser repetidos, muito menos pelos que já os cometeram, com os resultados que estão à vista.

Querer que o DA não ataque partidos e autarquias é uma visão abstrusa do que deve ser um órgão de comunicação social e só mostra que quem tal pretende não sabe ler os ensinamentos da história e da vida.

Muito se tem dito e escrito sobre o futuro do DA. Certamente que nem tudo será correcto. Mas importa reter a posição de muitos jornalistas a trabalhar no Alentejo, incluindo a maioria dos que trabalham no DA. Recordo, a propósito, que a nomeação de um director de um jornal deve merecer a posição favorável da respectiva redacção.

Hoje decide-se o futuro, pelo menos próximo, do DA. É uma decisão importante, não só para a AMBAAL e para a região mas também para a liberdade de imprensa. E também para a liberdade de quem vai decidir. Esperamos que estejam à altura das suas responsabilidades.

Soares - Cavaco

Zé LG, 21.12.05
O debate de ontem na RTP, entre Mário Soares e Cavaco Silva, mostrou-nos:

Um que, pela sua energia, vivacidade e memória, fez esquecer os seus 82 anos. Esteve sempre ao ataque desmistificando o endeusamento do outro, a quem acusou de permitir que o apresentassem como messias, o salvador da pátria, chamando a atenção para os perigos que isso encerra.

O outro que, apesar de mais solto do que é habitual, se manteve acantonado na sua torre de marfim, a falar de cátedra, não respondendo aos ataques, repetindo que não se candidata contra ningém mas apenas contra a crise, deixando admitir que não tem respostas satisfatórias para eles.

Ficou claro que a crise que Cavaco diz combater não surgiu de geração espontânea, começou ou agudizou-se quando ele foi primeiro-ministro. Soares lembrou-lhe que um seu antigo ministro das Finanças (Miguel Cadilhe), também ele economista tão bom ou melhor do que ele, o acusou de ser o pai do défice, para além de outras malfeitorias.

Ficou também claro que, ao contrário do que pretende fazer passar, Cavaco não é um invencível. Soares recordou e bem que ele fugiu quando percebeu que já não era apoiado pelos portugueses e que foi derrotado por Jorge Sampaio na sua primeira tentativa de chegar a Belém.

Soares ganhou o debate, embora não o tenha ganho por "KO", como pretendia. Cavaco levou todo o "combate" a fugir dos ataques do adversário, nostrando poder de encaixe.